quinta-feira, março 30, 2006

- ars longa, vita brevis -
hipócrates

Duas cabeças pensam melhor que uma
Perseu - Eu acho que foi o melhor.
Medusa - Eu acho bom que me ponhas no chão imediatamente.

António Canova
Perseu com a cabeça da Medusa
1804-1806
Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque


Judite - Salvei o povo judeu.
Holofernes - Mal tu sabes o que está para vir...

Gustav Klimt
Judith I
1901
Osterreichische Galerie, Viena


Salomé - Tinha de fazê-lo. A beleza enaltece-se nos sacrifícios.
São João Baptista - Dos outros?

Andrea Solario
Salomé com a cabeça de S. João Baptista
The Friedsam Collection
- não vai mais vinho para essa mesa -
Tendo presente que a pessoa em questão não gosta de mim, isso faz de mim o quê? Uma pior pessoa, não é? Uma pessoa que não foi capaz.

quarta-feira, março 29, 2006

- original soudtrack -


Voceis pensam que nóis fumos embora
Nóis enganemos voceis
Fingimos que fumos e vortemos
Ói nóis aqui traveis
Nóis tava indo
Tava quase lá
E arresorvemo
Vortemos prá cá
E agora, nóis vai ficar fregueis
Ói nóis aqui traveis

(Ói Nóis Aqui Traveis, Adoniran Barbosa)
- não vai mais vinho para essa mesa -

Beluga doente. So don't tease me. (A análise da exposição onde se encontram estes desenhos está neste link)

Miguel Ângelo
An old man wearing a hat (Philosopher)
1495-1500
British Museum



Miguel Ângelo
A male nude
1504-1505
Teyler Museum



Miguel Ângelo
Study for Adam
1511
British Museum



Miguel Ângelo
Studies for Day
1524-1525
Teyler Museum



Miguel Ângelo e pupilos
Studies of profiles eyes and locks of hair
1525
Ashmolean Museum



Miguel Ângelo
A male nude seen from behind
1539-1541
British Museum



Miguel Ângelo
The crucifixion with Virgin and St John
1555-1564
British Museum

terça-feira, março 28, 2006

- original soudtrack -


It's a God awful small affair
To the girl with the mousey hair,
But her mummy is yelling, "No!"
And her daddy has told her to go,
But her friend is nowhere to be seen.
Now she walks through her sunken dream
To the seats with the clearest view
And she's hooked on a silver screen,
But the film is a sadd'ning bore
For she's lived it ten times or more.
She could spit in the eyes of fools
As they ask her to focus on

Sailors
Fighting in the dance hall.
Oh man!
Look at those cavemen go.
It's the freaky show.
Take a look at the lawman
Beating up the wrong guy.
Oh man!
Wonder if he'll ever know
He's in the best selling show.
Is there life on Mars?

(Life on Mars, David Bowie)
- o carteiro -

Bertoldo di Giovanni
Bellerophon and Pegasus
1486
Kunsthistorisches Museum, Viena
Tenho para mim (dito muito em uso nos dias que correm) que a origem da expressão "é um puro sangue" é mitológica. Na mitologia grega, quando Perseu (o meu mito preferido, como vai?) cortou a cabeça à Medusa, do sangue desta nasceu Pégaso, o cavalo alado de Perseu.
A Medusa era uma das três górgonas, criaturas femininas mas de aspecto monstruoso e das três, a única que era mortal. O seu olhar transformava qualquer um que ousasse olhá-la, em pedra. Quando Perseu a matou cortando-lhe a cabeça, da mesma nasceu Pégaso. Apesar de Perseu ter sangue da mais alta estirpe, já que era filho de Zeus e de uma mortal, Medusa era filha de duas divindades marinhas. Isto quer dizer que Perseu era um bastardo e Medusa uma descendente directa das melhores famílias da mitologia grega. Pégaso por seu lado foi um cavalo abençoado: nasceu do sangue de uma divindade, criou a fonte de Hipocrene e auxilou Belerofonte a derrotar a Quimera (que também era um monstro marinho). Qual Golegã, qual quê?
Esta coisa das cabeças cortadas também me anda a dar volta ao miolo: Perseu com a cabeça da Medusa, Salomé com a cabeça de São João Baptista e Judite com a cabeça de Holofernes. Quem souber de mais, diga.
- mãe, a maçã tem bicho -

(Nova Gente de 27/03/06 a 02/04/06)

Exposição Liberdade de Imprensa
Galeria de Famosos
O conceituado empresário madeirense apresentou a exposição Liberdade de Imprensa - Colecção Berardo na galeria do Diário de Notícias. Ao evento, realizado num final de tarde, compareceram diversas personaliddes de vários panoramas. Política, economia, desporto e televisão, entre outros, não faltaram a este encontro que primou pela conjugação do gosto comum pelas artes e o interesse pelo tema que a exposição aborda.

segunda-feira, março 27, 2006

- original soundtrack -

Bob Dylan fotografado por Richard Avedon

How many roads must a man walk down
Before you call him a man?
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly
Before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many times must a man look up
Before he can see the sky?
Yes, 'n' how many ears must one man have
Before he can hear people cry?
Yes, 'n' how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

How many years can a mountain exist
Before it's washed to the sea?
Yes, 'n' how many years can some people exist
Before they're allowed to be free?
Yes, 'n' how many times can a man turn his head,
Pretending he just doesn't see?
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.

(Blowing in the wind, Bob Dylan, ou "a melhor canção de sempre")
- ars longa, vita brevis -
hipócrates
Dia Mundial do Teatro

Mary Cassat
At the Theater
1879
Nelson-Atkins, Museum at Kansas City

(extracto de Arte, peça de Yasmina Reza)
Yvan (apontando para Antrios): Onde queres pendurá-lo?
Sergei: Ainda não sei.
Yvan: Porque não o penduras ali?
Serge: Porque ali é esmagado pela luz do dia.
Yvan: Pois é. Hoje lembrei-me de ti, no emprego estivemos a imprimir quinhentos cartazes de um tipo que pinta flores totalmente brancas sobre um fundo branco.
Serge: O Antrios não é branco.
Yvan: Não, claro que não. Também só estou a dizer.
Marc: Achas que este quadro não é branco, Yvan?
Yvan: Não completamente, não.
Marc: Então está bem. E que cores estás a ver…?
Yvan: Vejo cores… vejo amarelo, cinzento, linhas que são ocres, um pouco mais ou menos…
Marc: E achas essas cores apelativas?
Yvan: Sim…, acho essas cores apelativas.
Marc: Pois é, Yvan, é sinal de não teres carácter. És uma pessoa híbrida e fraca.
Serge: Porque estás a ser tão agressivo com o Yvan?
Marc: Porque ele é um pequeno lambe-botas servil que se deixa enganar pelo cifrão, que se deixa enganar pelo que considera ser cultura, cultura essa que, de resto, de uma vez por todas detesto.



Serge: Que bicho te mordeu?
Marc (para Yvan): Como és capaz, Yvan…? Na minha presença, na minha presença, Yvan?
Yvan: Na tua presença o quê?... Na tua presença o quê?... Acho estas cores apelativas, pois! Quer gostes quer não. E pára de quereres ser tu a definir tudo.
Marc: Como és capaz de dizer na minha presença que achas essas cores apelativas?
Yvan: Porque é essa a verdade.
Marc: A verdade? Achas essas cores apelativas?
Yvan: Sim senhor, acho estas cores apelativas.
Marc: Achas estas cores apelativas, Yvan?!
Serge: Ele acha estas cores apelativas, é um direito que lhe assiste.
Marc: Não, não tem esse direito.
Serge: Por que não tem esse direito?
Marc: Não tem esse direito.
Yvan: Não tenho esse direito?
Marc: Não!
Serge: Por que é que ele não há-de ter esse direito? Sabes que neste momento não estás nada bem. Devias consultar um médico.
Marc: Não lhe assiste o direito de dizer que acha as cores apelativas porque isso não é verdade.
Yvan: Então não acho as cores apelativas?
Marc: É que não há cores. Não as vês. E também não as achas apelativas.
Yvan: Talvez seja essa a tua verdade!
Marc: Que humilhação, Yvan…!
Serge: Mas afinal és quem, Marc? Quem és tu para quereres impor as tuas leis? Uma pessoa que não gosta de nada, que despreza todos e mais alguns, que faz ponto de honra de não ser um homem do seu tempo…
- o carteiro -

Em França
Cor preferida:
azul: 39%
verde: 17%
vermelho: 5%
amarelo: 4%
castanho: 3%
preto: 2%
laranja: 2%
rosa: 2%
beige: 1%
branco: 1%
lilás: 1%
não responde: 2%

2ª cor preferida:
verde: 30%
azul: 18%
amarelo: 18%
vermelho: 16%
branco: 9%
laranja: 7%
rosa: 7%
preto: 5%
castanho: 4%
beige: 2%
cinzento: 2%
dourado: 1%
lilás: 1%
bordeaux: 1%
coral: 1%
turquesa: 1%
púrpura: 1%
não responde: 8%

estilo moderno ou tradicional:
tradicional: 60%
moderno: 22%
ambos: 15%
não sabe: 3%

animais domésticos ou selvagens:
animais selvagens: 34%
animais domésticos: 16%
ambos: 37%
nenhum: 8%

cenas do interior ou do exterior:
exterior: 69%
interior: 10%
ambas: 17%
nenhum/não sabe: 3%

cenas exteriores preferidas:
florestas: 10%
lagos, rios, oceanos: 42%
campo, cenas rurais: 24%
cidades: 2%
casas e edifícios: 1%
todos: 6%
não responde: 3%

estações do ano preferidas:
Inverno: 3%
Primavera: 33%
Verão: 14%
Outono: 39%
todas: 9%

cenas interiores preferidas:
frutos: 15%
flores: 25%
objectos domésticos: 4%
pessoas: 26%
animais: 12%
todos: 14%

cenas religiosas ou não-religiosas:
não-religiosas: 72%
religiosas: 8%
indiferente: 16%
não responde: 4%

com qual das seguintes frases se identifica mais:
Prefiro pinturas realistas: quanto mais fotográficas, melhor: 69%
Prefiro pinturas que não sejam muito realistas. para isso prefiro olhar para uma fotografia: 21%
Ambas: 8%

Prefere representações que exagerem as dimensões ou a realidade de objcetos que já conhece ou as que mostrem objectos imaginários:
exagerados: 30%
imaginários: 50%
ambos: 14%
não responde: 5%

Prefere as formas geométricas ou mais livres:
mais livres: 70%
geométricas: 14%
ambas: 12%
não responde: 4%

Prefere pinceladas rugosas e marcadas ou leves:
pinceladas rugosas: 40%
pinceladas leves: 43%
ambas: 12%
não responde: 4%

Prefere variações vibrantes, pálidas ou mais negras das cores:
vibrantes: 18%
pálidas: 55%
negras: 11%
ambas: 3%
não responde: 12%

Prefere pinturas mais sérias ou mais festivas:
sérias: 19%
festivas: 64%
ambas: 14%
não responde: 4%

Prefere pinturas grandes ou pequenas:
do tamanho de uma televisão: 62%
do tamanho de uma máquina de lavar roupa: 38%
do tamanho de um frigorífico: 4%
do tamanho de uma parede: 3%
é indiferente: 20%
não responde: 4%

Prefere pinturas que retratem mulheres, homens ou crianças:
crianças: 48%
mulheres: 17%
homens: 2%
não responde: 32%

Prefere pinturas que retratem uma pessoa ou um grupo:
um grupo de pessoas: 46%
uma pessoa: 27%
ambas: 19%
não responde: 9%

Prefere nus, pessoas parcialmente vestidas ou totalmente vestidas:
nuas: 6%
parcialmente vestidas: 38%
totalmente vestidas: 27%
ambas: 22%
não responde: 7%

Prefere oferecer dinheiro ou arte:
arte: 47%
dinheiro: 31%
ambos: 8%
não responde: 8%

De qual destes artistas tem, boa imagem, ou má imagem:


Com que frequência vai a um museu por ano:
mais de duas vezes: 20%
uma ou duas vezes: 28%
menos de uma vez: 17%
nunca: 33%
depende: 2%

Razões pelas quais não vai a um museu:
1º Não tenho suficiente tempo livre
2º Não há museus na minha área de residência
3º Outras razões
4º Os bilhetes são demasiado caros
5º Não gosto de ir sozinho
6º Não me sinto à vontade porque não conheço muito de arte
7º Não responde

Algumas obras de arte são mostradas em locais públicos. Acha que os cidadãos deviam poder dizer quais as obras mais apropriadas para esses espaços:
Sim: 57%
Não: 29%
Não sabe: 14%

Idade dos inquiridos:
De 18 a 29 anos: 27%
De 30 a 39 anos: 20%
De 40 a 49 anos: 17%
De 50 a 59 anos: 10%
Mais de 60 anos: 26%

Escolaridade:
Licenciatura: 24%
Curso profissional: 20%
Escola primária: 15%
Bacharéis: 14%
Mestrado/Doutoramento: 14%
Liceu: 12%

Emprego:
Empregado por conta própria: 52%
Aposentado: 25%
Outro ou desempregado: 20%
Empregado: 16%
Sector secundário: 15%
Trabalhador por conta de outrem: 12%
Executivo/Intelectual: 8%
Agricultor: 2%

A pintura que os franceses preferem.


A pintura que os franceses mais detestam.

Este estudo foi realizado por Jacqueline Klugman, Passage de Retz, Paris.

quarta-feira, março 22, 2006

Neurónio 25 - Achas que nós somos assim tantos quanto ela faz crer?
Neurónio 79 - Não, é pedantismo. Mas estão alguns na Formiga Bargante...
- original soundtrack -


Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.
Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end—
waiting 'round the bend, my huckleberry friend,
Moon River and me.

(Se eu conseguisse postar aqui o mp3...)
- ars longa, vita brevis -

Antes e depois, ou a pressão da sociedade para as mães recuperarem a figura logo após o parto.

Rómulo e Remo
Museo Capitolino, Roma


Alexander Calder
Romulus and Remus
1928
Solomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque
- o carteiro -
Na sombra de um grande homem, está sempre um grande celerado
As cortes, mais do que locais ou conjuntos de pessoas foram formas de vida. Não obstante o facto desta ser uma expressão repetida vezes sem conta, é totalmente verdadeira e aplicada no caso que aqui referimos. As cortes não eram locais porque, entre outras razões, eram itinerantes; seguiam o príncipe para onde quer que este fosse. Também não eram pessoas porque, apesar de não existir corte sem pessoas, não eram elas apenas que faziam a corte. As cortes foram a forma encontrada pelo príncipe (príncipe enquanto ser mais elevado na hierarquia humana), para estetizar uma vivência que anteriormente era considerada bárbara. A partir do momento em que a vida do príncipe se torna o centro, substitui-se o ideal guerreiro pelo ideal cavalheiresco e a corte passa a ser o ponto de encontro de seres das mais diferentes proveniências, mas nos quais se encontrava o poder para assistir ao monarca. Há uma hierarquia nas cortes, hierarquia essa natural, mas que depois se ramifica: os preferidos eram os que estavam mais próximos do príncipe, mas entre os preferidos havia uns mais que outros. E era tão fácil ser-se preferido como preterido.
Uma palavra fora do contexto, que caísse menos bem e era o suficiente para rolarem cabeças. Porém, como em “terra de cegos quem tem olho é rei”, é natural que entre a crème de la crème das sociedades de cada corte, entre os melhores filósofos, entre os escritores mais espirituosos, entre os preferidos e as preferidas mais bonitos estivesse sempre alguém que, ostentando apenas um astrolábio e uma edição prínceps de qualquer tratado de alquimia ou astrologia, conseguisse a atenção imediata, cega e até fatal do príncipe. Existem três casos (muitos mais existirão) em que isso de facto aconteceu:
1. Catarina de Médicis, cuja família governou Florença e o Mundo através de uma oligarquia fez-se rodear das mais estranhas personagens. Fosse por um casamento infeliz em que o marido ostentava e era dominado pela amante Diana de Poitiers, fosse pela pressão protestante em França, a verdade é que a monarca cedo se apercebeu da importância de estar rodeada de pessoas com conhecimentos vastos e multidisciplinares, embora muitas vezes essas pessoas não fossem da sua condição social e a sua proveniência fossem dados desconhecidos. Assim, Catarina de Médicis socorreu-se muitas vezes de Michel de Nostradamus cujas profecias ainda inspiravam muito burburinho. Nostradamus era de origem judaica, versado em ciências ocultas (o que estava mais em voga era a astrologia e a alquimia) e dedicado a doentes vítimas da peste negra e a rainhas com curiosidades astrológicas (fazia o horóscopo para a rainha Catarian de Médicis) para além disso revestiu os seus escritos com sintaxe difícil, anagramas e com uma acessibilidade muito limitada. Catarina chegou mesmo a deslocar-se da corte para se encontrar com o vidente.

Michel de Nostradamus e Catarina de Médicis

2. Rudolfo II (de quem já falamos aqui a propósito dos seus gabinetes de curiosidades ou kunstkammer), dado ao sentimento, saturnino e depressivo, também se fez rodear dos seres mais curiosos do seu tempo. Os casamentos sucessivos entre pessoas da mesma família e já com séculos de tradição originavam quase sempre malformações e distúrbios fisionómicos que no caso de Rudolfo II resultou no prognatismo mandibular (maxialr inferior muito pronunciado). Entre os escolhidos para privarem com o monarca estavam Spranger, um pintor que se tornou muito próximo de Rudolfo II e que conseguiu que artesãos fossem afastados do restricto grupo dos favoritos.

Spranger e Rudolfo II

3. A filha do czar Nicolau II, a czarina Anastácia aconselhava-se com ele e o irmão, Alexei, o filho mais velho do czar que era hemofílico, era seu paciente. Ele era Rasputin. Ainda que eu acredite que devido ao carácter frívolo de Nicolau II da Rússia e ao seu snobismo, o czar não se misturasse com pessoas de condição se não inferior, pelo menos, estranha, a verdade é que foi influenciado por este místico-médico-asceta russo que segundo aquilo que se diz, conseguiu influenciar a corte russa graças à sua enorme potência sexual; potência essa que media 27 cm e que actualmente está em exposição no Museu Erótico Russo A verdade é que segundo a lenda, Rasputin terá curado Alexei e isso teria sido o ponto de partida para uma admiração cega para a nobreza russa.

Rasputin e Nicolau II

4. Margarida da Áustria privou com Henrinch Cornelius Agripa, o mago, médico e advogado, astrólogo e curandeiro que conseguia tudo através da alquimia e do estudo da cabala. Agripa fazia-se acompanhar de um cão negro onde se dizia estar aprisionado o diabo.

Cornelius Agripa e Margarida da Áustria
- ars longa, vita brevis -
Ainda e sempre, a Primavera:

Barbara Hepworth
Spring
1966
Courtauld Institute of Art

terça-feira, março 21, 2006

Impossível postar imagens. O que é uma pena.
- não vai mais vinho para essa mesa -
Neurónio 54 – Mas então o que é se passa? Porque é que me mandaste chamar?
Neurónio 12 – Estás a ver aqui no monitor?
Neurónio 54 – Sim, está cinzento. O que é?
Neurónio 12 – Não tenho bem a certeza, por isso mandei-te chamar.
Neurónio 54 – Mas hoje é terça-feira. Segundo o horóscopo do Miguel de Sousa é o dia favorável.
Neurónio 65 – Julgava-te mais neurónio. E desde quando é que o Miguel de Sousa é uma fonte segura?
Neurónio 12 – Pode não ser seguro, mas é uma ajuda. Se é o dia favorável e ela não está satisfeita…
Neurónio 54 – Acho que temos de fazer uma renião. Chama toda a gente aqui.
Neurónio 12 – Funcionários da secção do cérebro à recepção, por favor.

Neurónio 54 – Ela não está satisfeita.
Neurónio 12 – Eu acho que é com o blog. Nos últimos três dias mudou três vezes de lay-out. Acho que já ficou decidido quanto aos títulos, mas o alinhamento das imagens faz-lhe confusão.
Neurónio 32 – Por aquilo que pude ver, não se trata da forma, mas do conteúdo.
Neurónio 12 – Mas nós estamos a fazer um bom trabalho. Se as coisas não são como no início só quer dizer que elas evoluem.
Neurónio 85 – Sejamos honestos: o blog já não está com o mesmo espírito incisivo do início. Temos cada vez mais “ars longa, vita brevis” e “não vai mais vinho para essa mesa” e apenas um “mãe, a maçã tem bicho”.
Neurónio 12 – Mas isso é só porque ela não tem tempo.
Neurónio 35 – Isso é verdade. Já viram no que ela anda metida? Blog, fotografias dos vidros…
Neurónio 12 – ...que saíram sem o número de identificação ao lado…
Neurónio 35 – …o livro, a leitura daquela tese…
Neurónio 12 – ...a provável leitura de outra…
Neurónio 10 – …sobre matemática…
Neurónio 35 – …a sua pequena “odisseia”, o livro do Mão. É muita coisa!
Neurónio 57 – Não é só isso. Para mim a zona cinzenta é tristeza.
Neurónio 12 – E solidão. Já viram como ela nunca está com ninguém! Pensem bem com quantos neurónios de outras cabeças é que vocês tiveram uma conversa nos últimos tempos?
Neurónio 57 – Ou um affair…
Neurónio 12 – Excepto aquele na piscina…
Neurónio 57 – Mas com tanta água nem dava para um neurónio estar seco. E um neurónio molhado não funciona tão bem, toda a gente sabe disso.
Neurónio 12 – Naquele caso, não havia nada a falar. Era uma questão de hormonas e não de neurónios.
Neurónio 65 – Mas estamos todos conscientes que aquilo da piscina é só para passar o tempo.
Neurónio 12 – Sim, o affair jamais olharia para ela.
Neurónio 25 – Eh pá calma, nós moramos aqui. Não podemos falar assim…
Neurónio 85 – Sim, podia ser pior.
Neurónio 12 – Podias estar a habitar na cabeça de uma loura.
Neurónio 24 – E estavas nas máquinas, ou a fazer manutenção.
Neurónio 13 – Mas isto não está bem.
Neurónio 12 – Ela falou com o senhor na sexta-feira?
Neurónio 14 – Falou. Eu estava lá.
Neurónio 12 – E então?
Neurónio 14 – Esperança é a palavra de ordem.
Neurónio 12 – Caramba! Mas ela não lhe disse que não estava a resultar?
Neurónio 14 – Disse.
Neurónio 12 – E ele?
Neurónio 14 – Disse para ela não pensar.
Neurónio 12 – Ora aí é que temos um problema. Pausa para um café, voltamos assim que for possível.
- ars longa, vita brevis -
Hipócrates
Dia Mundial da Poesia (em brasileiro por causa do novo Museu da Lingua Portuguesa em São Paulo e com um travo a Primavera):
Põe a mão na minha mão
Só nos resta uma canção
Vamos, volta, o mais é dor
Ouve só uma vez mais
A última vez, a última voz
A voz de um trovador

Fecha os olhos devagar
Vem e chora comigo
O tempo que o amor não nos deu
Toda a infinita espera
O que não foi só teu e meu
Nessa derradeira primavera

(Derradeira Primavera, Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
- ars longa, vita brevis -
Hipócrates
Primaveras para todos os gostos:

Sir Lawrence Alma-Tadema
Spring
1894
J. Paul Getty Museum, Malibu



Sir Lawrence Alma-Tadema
The year’s at the Spring, all’s right with Wor
1902
Colecção Privada



Giuseppe Arcimboldo
Spring
1573
Museu do Louvre, Paris



Alfred Sisley
Orchad in Spring
1881
Museum Boymans-van Beuningen, Roterdão



Sir John Everett Millais
Spring (Apple Blossons)
1859

segunda-feira, março 20, 2006

- não vai mais vinho para essa mesa -
Em natação. A pensar... em nada, thank God!

David Hockney
A Bigger Splash
1967
Tate Gallery, Londres
- original soudtrack -

Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay.
Were laid spread out before me as her body once did
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed
Has taken a turn
Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands
shake beneath the clouds
Of what was everything?
Oh, the pictures have all been washed in black, Tattooed everything...

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter,
So why do I sear?
Hard and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can, drop away
And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

All the love gone bad
Turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be...yeah...

Uh huh...uh huh...ooh...
I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star,
In somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, oh can't it be mine...

(Black dos Pearl Jam ou a única música decente que saiu do movimento grunge)
- ars longa, vita brevis -
Hipócrates


“Escusado seria dizer que Mr. Mawhinney era cristão, membro de longa data da esmagadora maioria que combateu na Revolução e fundou a nação, conquistou a imensidão selvagem, dominou os Índios, escravizou os Negros, emancipou os Negros e segregou os Negros, um milhão de homens bons, puros e trabalhadores que povoavam a fronteira, lavravam os campos, construíram as cidades, governavam os estados, tinham assento no Congresso, ocupavam a Casa Branca, acumulavam a riqueza, possuíam a terra, eram donos das fábricas de aço, e dos clubes de basebol, e dos caminhos-de-ferro, e dos bancos e eram até donos e fiscais da língua, era um daqueles inatacáveis protestantes nórdicos e anglo-saxões que dirigem e sempre dirigirão a América – generais, dignitários, magnatas, manda-chuvas, os homens que ditavam a lei, e punham e dispunham, e pregavam sermões quando lhes apetecia – enquanto o meu pai, evidentemente, era apenas um judeu.”
(in A Conspiração contra a América, página 112)

“- Hitler – ouvi-o dizer -, Hitler não é vai tudo bem, como de costume, rabi! Esse louco está a travar uma guerra como as de há mil anos. Uma guerra como ninguém jamais vui neste planeta. Conquistou a Europa, Está em guerra com a Rússia. Todas as noites transforma Londres em ruínas com os seus bombardeamentos e mata centenas de inocentes civis britânicos. É o pior anti-semita da História. E, apesar disso, o seu grande amigo, o nosso presidente, acredita na sua palavra quando Hitler diz que têm um «acordo». Hitler tinha um acordo com os Russos. Respeitou-o? O objectivo de Hitler é conquistar o mundo, e isso inclui os Estados Unidos da América. E como em todos os lugares aonde vai abate judeus, quando chegar o momento oportuno virá matar os judeus daqui.”
(in A Conspiração contra a América, página 129)

“Pois infelizmente também existe ignorância entre judeus, muitos dos quais persistem em pensar que o presidente Lindbergh é um Hitler americano, quando sabem muito bem que ele não é um ditador que chegou ao poder graças a um putsch, mas sim um líder democrático que chegou a presidente graças a uma vitória esmagadora em eleições livres e justas e não manifestou uma única tendência para governar autoritariamente. Ele não glorifica o Estado a expensas do indivíduo; pelo contrário, encoraja o individualismo empreendedor e um sistema de economia livre isenta da interferência do Governo Federal. Onde está o estatismo fascista? Onde está o banditismo fascista? Onde estão os Camisas Castanhas nazis e a polícia secreta? Alguma vez viu uma única manifestação de anti-semitismo fascista emanada do nosso Governo? O que Hitler perpetrou contra os judeus da Alemanha com a aprovação, em 1935, das Leis de Nuremberga é a antítese absoluta do que o presidente Lindbergh se empenhou em fazer pelos judeus da América com a criação do Gabinete Americano de Assimilação. As Leis de Nuremberga privaram os judeus dos seus direitos de cidadãos e fizeram tudo para os excluir de membros da sua nação. O que eu encorajei o presidente Lindbergh a fazer foi a criação de programas convidando judeus a integrar-se tanto quanto quiserem na vida nacional, uma vida nacional que, estou certo, deve concordar, não é menos nossa, para a usufruirmos, do que de quaisquer outros.”
(in A Conspiração contra a América, página 131)

“Como não estava, atrevi-me a descer a escada, passei a correr pelo espremedor e à volta dos canos, e uma vez à janela e em bicos de pés – com a intenção, apenas, de olhar para a rua como ele olhara -, descobri que a parede caiada por baixo da vidraça estava escorregadia e molhada com um líquido viscoso qualquer. Como não sabia o que era a masturbação, é claro que também não sabia o que era ejacular. Pensei que fosse pus. Pensei que fosse mucosidade. Não soube o que pensar, a não ser que devia tratar-se de alguma coisa terrível. Na presença de uma espécie de descarga ainda misteriosa para mim, imaginei que fosse alguma coisa que se infectava no corpo de um homem e depois supurava pela sua boca quando a dor o consumia por completo.”
(in A Conspiração contra a América, página 172)

“A resposta de Lindbergh veio alguns dias depois: vestiu o seu fato de piloto Lone Eagle e, numa manhã cedo, levantou voo de Washington no seu bimotor Lockheed Interceptor para se encontrar frente a frente com o povo americano e assegurar-lhe que todas as decisões que tomava eram concebidas única e exclusivamente para lhes reforçar a segurança e garantir o bem-estar. Era isso que fazia quando a mínima crise surgia: voava para cidades de todas as regiões do país – desta vez, quatro e cinco num só dia, graças à fenomenal velocidade do Interceptor, e fosse onde fosse que o seu aparelho aterrasse tinha à sua espera os figurões importantes locais, uma quantidade de microfones de rádios, assim como os correspondentes do serviço telegráfico, os repórteres da cidade e os milhares de cidadãos que se tinham reunido para verem o seu jovem presidente com o seu famoso blusão de voo e capacete de cabedal.”
(in A Conspiração contra a América, página 207)

“- Na Alemanha, Hitler tem, pelo menos, a decência de proibir a entrada de judeus no partido nazi. Isso e as braçadeiras, isso e os campos de concentração, e pelo menos é evidente que porcos judeus não são bem vindos. Mas aqui os nazis fingem convidar os judeus para entrar.”
(in A Conspiração contra a América, página 215)

“Ao passarem, a mais alta das freiras sorriu-me da coxia e, com uma vaga tristeza na voz serena – talvez porque o Messias chegara e partira sem eu dar por isso -, observou à companheira: «Que rapazinho engraçado e tão bem arranjadinho.»
Se ela soubesse no que eu tinha estado a pensar… E daí, talvez soubesse.”
(in A Conspiração contra a América, página 243)

“E Sandy encontrava-se agora no quarto, onde eu fingi estar a dormir enquanto ele se preperava para se deitar à luz velada do pequeno candeeiro de interruptor de alavanca que ele fizera a partir do nada na aula de Trabalhos Manuais, no tempo em que era apenas um rapaz com dotes artísticos, absorvido naquilo que conseguia fazer as suas próprias mãos hábeis e abençoadamente não contaminado por lutas ideológicas.”
(in A Conspiração contra a América, página 265)

“Recordo hoje as linhas de poesia explendidamente sucintas que o meu encontro com Evelyn me trouxe à memória, naquela noite. A poeta é Elisaberth Barrett Browning e as palavras com que inicia o décimo quarto dos seus Sonnets from the portuguese encarnam uma sabedoria feminina exactamente como a que vi emanar dos olhos espantosamente escuros e belos de Evelyn. «Se haveis de amar-me» escreveu Mrs. Browning, «que não seja por nada/ senão por mor apenas do amor…»”
(in A Conspiração contra a América, página 283)

“Primeira, um artigo de primeira página do Chicago Tribune, datado de Berlim, relata que o filho de doze anos do presidente e de Mrs. Lindbergh – a criança que se acreditava ter sido raptada e assassinada em New Jersey, em 1932 – se tinha reunido ao seu pai em Berchtesgaden depois de ter sido resgatado pelos nazis de uma masmorra em Cracóvia, na Polónia, onde fora mantido prisioneiro no gueto judeu da cidade desde o seu desaparecimento e onde, todos os anos, era retirado sangue ao menino cativo para ser usado na preparação ritual do matzohs pascais da comunidade.”
(in A Conspiração contra a América, página 357)

“- Acaba com isso! – gritei. – Já chega! – Mas o Joey estava a saltar alegremente e, por isso, eu arranquei o auscultador da orelha e fiquei momentaneamente baralhado, a pensar que, como se não bastasse o mayor La Guardiã estar preso, e o presidente Roosevelt estar preso, e até o rabi Bengelsdorf estar preso, o novo rapaz do andar de baixo não ia ser mais pêra doce do que o seu antecessor, e foi então que decidi fugir de novo. A minha experiência com as pessoas ainda era muito pequena e não me permitia compreender que, a longo prazo, ninguém é uma pêra doce, nem eu próprio.”
(in A Conspiração contra a América, página 392)

“Setembro-Dezembro de 1941. Faz o seu discurso radiofónico “Quem são os agitadores da Guerra” a um comício do América First em Dês Moines, em 11 de Setembro…”
(in A Conspiração contra a América, página 423)

“Fevereiro de 1933. Quase único entre os comentadores públicos e judeus bem conhecidos, começa a atacar publicamente Hitler e os nazis americanos, incluindo o líder da Bund, Fritz Kuhn; prossegue o ataque na rádio e na sua coluna até ao deflagrar da Segunda Guerra Mundial; inventa os neologismos «razis» e «swastinkers» para ridicularizar o movimento nazi.”
(in A Conspiração contra a América, página 428)

“(…) Posteriormente perde o resto do apoio democrata de Montana e é derrotado na campanha das primárias de 1946 para o Senado pelo jovem liberal de Montana, Leif Erickson.”*
(in A Conspiração contra a América, página 432)

*O nome Erickson refere-se ao islandês conhecido como o primeiro europeu a descobrir a América do Norte, Canadá. Era filho de Eric, o Vermelho (daí Eric+son= filho de Eric)
- não vai mais vinho para essa mesa -

Em ascensão devido aos últimos acontecimentos, ou então just about to "Losing my religion".


Antes (Caravaggio, "A deposição no túmulo", 1602-1603, Pinacoteca do Vaticano, Roma)


Depois (Cena do vídeo "Losing my religion" dos REM. Existe também uma outra cena com "A incredulidade de São Tomé".)
- o carteiro -
Em Portugal...
Quando falo da beleza das figuras, não quero dizer aquilo que a maior parte das pessoas entende por estas palavras, seres vivos por exemplo, ou pinturas; entendo, diz o argumento, a linha recta, o círculo, as figuras planas e sólidas formadas a partir da linha e do círculo por meio do torno, das réguas, dos esquadros, se me estás a compreender. Porque afirmo que estas figuras não são, como as outras, belas relativamente mas que são sempre belas por si mesmas e pela sua natureza.”

Platão, Diálogos IV: Sofista, Político, Filebo, Timeu, Crítias,trad. da versão francesa de Maria Gabriela de Bragança, ColecçãoLivros de Bolso, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1969, pág.219.

Tomando como ponto de partida (ou de chegada) esta frase de Platão, podemos dizer que o que é belo pode ser medido, pode ser o resultado de relações matemáticas elementos básicos, aquilo que Kandinsky chamava de "Ponto, Linha e Plano". E se o que é belo pode ser medido, a arte que desde a Antiguidade era considerada uma expressão do belo, também pode ser medida, mesmo que o que era considerado belo, o fosse dentro de cânones muito restrictos.

Assim sendo, qual é o tipo de arte que cada um gosta mais? Quais são as obras mais desejadas e as mais detestadas? Tendo por base um estudo de dois artistas russos sobre as obras de arte mais e menos desejadas nos diferentes países europeus, foi conceber a configuração das mesmas através da contabilização das cores preferidas, das formas, das paisagens. Obviamente o estudo é limitado a partir do momento em que existe um número limite de formas que podem ser escolhidas. Porém, o estudo revela que existe uma tendência europeia para detestar ou adorar determinado tipo de formas ou cores, o que se traduz em pinturas quase sempre iguais e quase sempre... de muito mau gosto.
Porque o gosto, discute-se.

Cor preferida:
azul: 48%
preto: 13%
verde: 10%
vermelho: 8%
branco: 8%
castanho: 4%
amarelo: 3%
cinzento: 3%
rosa: 1%
outras: 2%

2ª cor preferida:
branco: 17%
azul: 15%
verde: 13%
preto: 13%
vermelho: 10%
castanho: 10%
cinzento: 6%
amarelo: 5%
rosa: 3%
laranja: 2%
outras: 6%

estilo moderno ou tradicional:
tradicional: 33%
modern: 16%
ambos: 48%
não sabe: 3%

animais domésticos ou selvagens:
animais selvagens: 33%
animais domésticos: 10%
ambos: 36%
nenhum: 19%

cenas do interior ou do exterior:
exterior: 56%
interior: 5%
ambas: 35%
nenhum/não sabe: 4%

cenas exteriores preferidas:
florestas: 10%
lagos, rios, oceanos: 26%
campo, cenas rurais: 21%
cidades: 3%
casas e edifícios: 4%
todos: 35%

estações do ano preferidas:
Inverno: 6%
Primavera: 33%
Verão: 5%
Outono: 21%
todas: 33%

cenas interiores preferidas:
frutos: 10%
flores: 16%
objectos domésticos: 9%
pessoas: 15%
animais: 6%
todos: 32%

cenas religiosas ou não-religiosas:
não-religiosas: 56%
religiosas: 9%
ambas: 30%
não sabe: 5%

com qual das seguintes frases se identifica mais:
- As pinturas deviam servir um objectivo superior, tal como desafiar os seus observadores para pensar na arte ou na vida de uma forma diferente daquela que geralmente fazem: 24%
- As pinturas não têm necessariamente de nos ebnsinar nada, mas podem ser apenas algo que uma pessoa gosta de ver: 71%

com qual das seguintes frases se identifica mais:
- Prefiro pinturas realistas: quanto mais fotográficas, melhor: 41%
- Prefiro pinturas que não sejam muito realistas. para isso prefiro olhar para uma fotografia: 24%

Prefere representações que exagerem as dimensões ou a realidade de objcetos que já conhece ou as que mostrem objectos imaginários:
exagerados: 44%
imaginários: 37%
não sabe: 19%

Prefere as formas geométricas ou mais livres:
mais livres: 64%
geométricas: 21%
não sabe: 14%

Prefere pinceladas rugosas e marcadas ou leves:
pinceladas rugosas: 48%
pinceladas leves: 39%
não sabe: 12%

Prefere que as cores se misturem umas com as outras, ou que se note que estão separadas:
misturadas: 67%
separadas: 24%
não sabe: 8%

Prefere variações vibrantes, pálidas ou mais negras das cores:
vibrantes: 30%
pálidas: 41%
negras: 17%

Prefere pinturas mais sérias ou mais festivas:
sérias: 36%
festivas: 52%

Prefere pinturas cheias ou mais simples possível:
cheias: 20%
simples: 70%

Prefere pinturas grandes ou pequenas:
grandes: 42%
pequenas: 38%

Prefere pinturas que retratem pessoas famosas ou pessoas comuns:
pessoas famosas: 13%
pessoas comuns: 76%
não tem preferência: 11%

Se prefere pessoas famosas, prefere as figuras históricas ou mais recentes:
figuras históricas: 80%
mais recentes: 20%

Prefere pinturas que retratem mulheres, homens ou crianças:
crianças: 44%
mulheres: 29%
homens: 5%
não tem preferência: 22%

Das pinturas que já viu e das que preferiu, retratavam pessoas a trabalhar, em momentos de lazer, ou eram retratos:
a trabalhar: 26%
em lazer: 46%
retratos: 10%
não sabe: 18%

Prefere pinturas com uma pessoa ou com muitas pessoas:
uma pessoa: 28%
grupos de pessoas: 55%
não sabe: 17%

Prefere nus, pessoas parcialmente vestidas ou totalmente vestidas:
nuas: 13%
parcialmente vestidas: 39%
totalmente vestidas: 26%
não sabe: 22%

Prefere oferecer dinheiro ou arte:
arte: 66%
dinheiro: 30%

Factores preponderantes na escolha de uma pintura:
1º gostar ou não da pintura
2º a fama do artista
3º o valor que acha que a pintura vai ter no futuro
4º a técnica: óleo, aguarela...
5º o tamanho do quadro

Qual a maior quantia em dinheiro que consideraria gastar em arte:
mais de 50 euros: 15%
de 55 a 250 euros: 26%
de 255 a 500 euros: 17%
de 505 a 1250 euros: 9%
de 1255 a 2500 euros: 3%
mais de 2500 euros: 8%
não sabe: 20%

De qual destes artistas tem, boa imagem, ou má imagem:

Com quem gostaria de jantar:
Artista: 10%
Actor: 23%
Escritor: 30%
Estrela do desporto: 12%
Nenhum: 15%
Não sabe: 8%

Com que frequência vai a um museu por ano:
Mais de duas vezes: 33%
Uma ou duas vezes: 29%
Menos de uma vez: 23%
Nunca: 13%

Razões pelas quais não vai a um museu:
1º Não há museus na minha área de residência
2º Não tenho suficiente tempo livre
3º Não me sinto confortável em museus de arte porque não sei muito de arte
4º Os bilhetes são demasiado caros
5º Não apreciao arte

É a favor que uma parte dos impostos que paga se direcione para as artes:
A favor: 28%
Contra: 65%
Não sabe: 7%

Algumas obras de arte são mostradas em locais públicos. Acha que os cidadãos deviam poder dizer quais as obras mais apropriadas para esses espaços:
Sim: 56%
Não: 33%
Não sabe: 11%

Idade dos inquiridos:
Menos de 25 anos: 22%
De 26 a 35 anos: 24%
De 36 a 45 anos: 21%
De 46 a 55 anos: 17%
Mais de 55 anos: 15%

Posição política:
De esquerda: 20%
Centro-esquerda: 35%
Centro-direita: 17%
Direita: 13%
Não sabe/não responde: 16%
Então segundo o estudo cá está a pintura preferida dos portugueses e a pintura que mais detestam.

Este estudo foi realizado pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

domingo, março 19, 2006

- ars longa, vita brevis -
Hipócrates
Antes e depois:
Johann Heinrich Fussli
The Nightmare
1781
Detroit Institute of Arts

Gilbert and George
Dream
1984
Solomon R. Guggenheim Museum
- ars longa, vita brevis -
Hipócrates
Jenny Holzer
Untitled (Selections from Truisms, Inflammatory Essays, The Living Series, The Survival Series, Under a Rock, Laments, and Child Text)
1989
The Guggenheim Museum

- lack of charisma can be fatal
- leisure time is a gigantic smoke screen
- listen when your body talks
- looking back is the first sign of aging and decay
- loving animals is a substitute activity
- low expectations are good protection
- manual labor can be refreshing and wholesome
- men are not monogamous by nature
- moderation kills the spirit
- money creates taste
- ars longa, vita brevis -
Hipócrates
Gustave Caillebotte
Paris: A rainy day
1877
The Art Institute of Chicago

Para mais desenvolvimentos ver: Formiga Bargante

sexta-feira, março 17, 2006

NÃO VAI MAIS VINHO PARA ESSA MESA