sexta-feira, fevereiro 25, 2022
terça-feira, fevereiro 22, 2022
segunda-feira, fevereiro 21, 2022
- o carteiro -
olá pequeninos. como estão? dormiram a sesta? tomaram o leitinho? arrotaram? proooonto... ainda bem. assim estão fresquinhos para este post.
ora bem... vocês lembram-se, no ido ano de 2009 quando a vossa belugazinha falou (escreveu) sobre as Sheela-na-gig's? Aqui? Pois, mas falei. e hoje trago mais um post dedicado a essa saga. fiquei a saber há pouco tempo que essas imagens têm origem na Antiguidade, mais concretamente na mitologia grega. Como vocês sabem Deméter, que era a deusa das colheitas, tinha uma filha chamada Perséfone que foi levada para o reino de Hades. Deméter em desespero começou a errar pela Terra, sem comer ou beber, o que levou a que as plantas não vingassem e por causa disso a fome começou a ser sentida por toda a parte. O deuses tentaram ajudar Deméter, mas em vão. Num hino homérico dedicado a Deméter há referência a esta história e no mesmo é introduzida a personagem de Iambe, uma mulher velha que consegue, através das suas brincadeiras, pôr Deméter a comer e beber. Segundo o que li, nesse hino não é explicado como Iambe faz isto, mas pesquisando um pouco sobre Iambe, eis o que é possível apurar. Há estudos que dizem que Iambe e Baubo são irmãs, outros que dizem que são a mesma pessoa. O que todos têm em comum é a ideia que Iambe conseguiu tirar Deméter da tristeza ao mostrar os seus genitais. Segundo uns Deméter encontrava-se junto de um poço quando Iambe, que tentava aceder ao poço para tirar água, lhe ofereceu vinho. Deméter recusou o que Iambe lhe oferecia até que, quando viu esta mulher levantar as vestes e mostrar a vulva, sorriu. Outros dizem que Deméter era convidada do rei Celeu de Elêusis e Iambe que servia à mesa tentou que ela comesse cantando e contando histórias obscenas. Chamou entretanto Baubo que ali improvisou a cena de um parto e, quando Baubo levantou as vestes e mostrou os genitais à deusa, esta viu também ali o seu filho Iaco acabado de nascer, a criança saltou-lhe para o colo, começou a beijar a mãe e isso fez com que Deméter sorrisse. Seja como for todos concordam que Iambe (ou Baubo) era uma personagem da religião órfica que, como o nome indica, estava associada à poesia de Orfeu e ao mundo das trevas e da morte, principalmente a morte de Dionísio e... Perséfone.
Por outro lado, se nos focarmos só no nome "Iambe", vamos ter à métrica iâmbica usada na poesia de índole jocosa e obscena. Por outro, se preferirmos "Baubo" vamos ter à palavra "barriga" pois é isso que quer dizer "baubo". Penso que Iambe terá dado origem às sheela-na-gig que mostram ostensivamente a vulva e que Baubo será esta figura curiosa em que o rosto é a barriga, composta por este e pelas pernas e sem os genitais em evidência.
A história de Baubo ou Iambe foi adoptada por outras religiões que prestavam culto a estas figuras de uma forma mais institucional ou mais privada. Existem exemplos destas divindades no Egipto, no Sudão, em Israel...
O facto desta história estar relacionada com Deméter é outro ponto importante. Estas figuras femininas, supostamente férteis, corroboram a ideia de fertilidade associada às colheitas e às civilizações que praticavam o cultivo de plantas para subsistirem. E esta ideia de fertilidade é muito mais feminina do que masculina; está mais relacionada com rituais de iniciação quando a mulher tem o período menstrual do que com qualquer outro ritual que envolva o pénis. Talvez por isso alguns homens tenham optado, no início dos tempos, e agora, pela subincisão uretral: também faz sangrar e torna o pénis parecido com uma vagina.
E assim acontece meus lindos. Ide lá mudar a fraldinha e boa noite.
domingo, fevereiro 20, 2022
sexta-feira, fevereiro 04, 2022
terça-feira, fevereiro 01, 2022
- original soudtrack -
tu não tens a certeza, mas eu tenho...
Eu tenho dois amores
Que em nada são iguais
Mas não tenho a certeza
De qual eu gosto mais
Mas não tenho a certeza
De qual eu gosto mais
Eu tenho dois amores
Que em nada são iguais
Uma é loira e acontece
Entre nós amor, ternura
Tão loira que até parece
O Sol da minha loucura
Mas a outra tão morena
É tal qual um homem quer
Porque embora mais pequena
Ela é muito mais mulher
(Eu tenho dois amores, Marco Paulo)