terça-feira, junho 28, 2011

- original soundtrack -


It might be impractical to seek out a new romance
we won't know the actual if we never take the chance
I'd like to collapse with you and ease you against this song
I think we're compatible, I see that you think I'm wrong

any time will do, my love
any time will do, no choice of words will break me from this groove
any time will do, my love
any time will do, what choice of words will take me back to you?

your love makes a fool of you, you can't seem to understand
a heart doesn't play by rules and love has it's own demands
but I'll be there to take care of you if ever you should decide
that you don't want to waste your life in the middle of a lovesick lullaby

any time will do, my love
any time will do, no choice of words will break me from this groove
any time will do, my love
any time will do, the choicest words will take me back to you

oh my reddest rose, caldera, set it off
how your fire grows hermosa caldera
glistening through your fussed blows careen your caldera
set it off, as your body flows the second hand flashes
passes over your skin like time

my love, any time will do

(Tv On The Radio, Will Do)
- não vai mais vinho para essa mesa -

era um segundo ano tão "nerd" que organizou um jantar de curso para o dia 14 de Maio, num restaurante junto a um museu. só lhes falta cortar a orelha no dia de anos do Van Gogh.
- ars longa, vita brevis -
hipócrates

antes e depois. este antes é a maria madalena do georges de la tour. dizem que eram um caravagista, um seguidor de caravaggio que, como sucedâneo pode não fazer dele bom pintor (já que era uma "imitação" do original), mas que, no mundo onde a minha cabeça vive, só podia fazer dele uma boa pessoa. apesar de ser muitas vezes madalena ser associada à prostituição e à luxúria, a verdade é que ela é, provavelmente a mais importante figura feminina do cristianismo a seguir à virgem maria. ela é a única que está nos momentos mais importantes do vida de cristo, não obstante as místicas e santas que surgiram já em fase de formação do cristianismo como religião oficial de o império, segundo o édito de tessalónica de 380, com teodósio (e não com constantino como se pensa). curiosamente, madalena era objecto de grande devoção em frança, não sei porquê (mas hei-de descobrir). como bom francês, de la tour também fez dela um dos temas recorrentes das suas pinturas, embora seja notório que o seu excessivo tenebrismo não alcançou o mesmo efeito dramático de caravaggio. caso para dizer: nem tanto ao mar, nem tanto à terra. a luz que ilumina madalena é a da vela, mas há ali outra luz naquele compartimento. apesar da chama alta, acho que a mesma não iluminaria tanto. não sei... imagino-me quando falta a luz e seguro uma vela. o espaço iluminado é aquele que circunda a vela e pouco mais. mas de la tour gostava dos efeitos de cor obtidos e gostava que a luz modelasse os volumes tal como vemos na melancólica madalena aqui em baixo.

a casa laboutin decidiu que para apresentar a colecção deste outono/inverno iria recuperar os clássicos - leia-se, as pinturas clássicas como as de de la tour, whistler, zurbarán... convidou então o fotógrafo Peter Lippmann que criou sete retratos inspirados em algumas das obras de arte mais conhecidas. a justificação de laboutin é que tal como nos retratos famosos, cada mulher que usa sapatos da marca é única e cada par tem uma técnica diferente, tal como cada artista tinha a sua técnica. assim, a madalena penitente e triste junto à vela é agora uma madalena penitente e triste junto a uns botins (muito feios) com pêlo. rapariga, eu também ficaria assim se me tivessem oferecido essa recriação de pata de vaca em vez de uns destes:

Georges de la tour
Magdalen of Night Light
1640-45
Musée du Louvre, Paris
Laboutin
Colecção Outono/Inverno 2011

- o carteiro -

muitos e antes e depoises. como a maior parte das pessoas deve saber o cristianismo não nasceu do nada: quanto mais não seja tem antecedentes do paganismo, dos deuses gregos, romanos, egípcios, das lendas dos locais onde se adaptou. sabendo que as primeiras comunidades eram até do norte de áfrica (pois no norte de áfrica o poder da lei do império romano não estava tão presente e por isso era permitido a prática de outras religiões com maior benevolência) e que aí também encontramos catacumbas, é fácil perceber que esta religião tenha nascido das vicissitudes encontradas. sendo que, ainda por cima era vista com maus olhos (Plínio-o-velho achava-a repugnante), não se podia dar ao luxo de regatear outras formas de culto que de facto, acabavam por não fugir à vigente pois dava-se o facto de ainda não existir uma vigente. foi nestes momentos de incerteza, até cerca do ano 400 que o cristianismo se viu sem um cânone. por isso também o grande número de heresias e escritos que discutiam pormenores como a consubstanciação e a transubstanciação. quando esse cânone, esse conjunto de regras que apenas a muito custo foi mudando ao longo destes dois milénios de cristianismo se estabelece de forma mais ou menos contundente, ainda estava em construção foi adoptando para a linguagem do cristianismo aquilo que mais lhe convinha. por exemplo, os templos para rezar, para praticar o culto, não são mais do que a adopção e a adaptação da basílica romana. a razão: eram edifícios que estavam "à mão de semear" (não tinham sido destruídos desde a queda do império), não tinham sido manchados pelo paganismo (eram, para os romanos, edifícios de uso civil) e, se alterado o eixo de entrada, dariam resposta às necessidades litúrgicas desta nova religião.

outro exemplo desta adopção de elementos já existentes e posterior adaptação dos mesmos à ideologia cristã, é a imagem bem conhecida de cristo. nas primeiras imagens feitas pelos primeiros cristãos nas catacumbas, cristo aparece como o bom pastor - uma analogia que tinha como objectivo esconder das autoridades a ideia de cristo como mestre e do rebanho como os seus seguidores. mas esse bom pastor é uma adaptação do moscóforo, da escultura arcaica da antiguidade. no entanto, quando o cristianismo se tornou religião oficial do império, esse cristo imberbe e juvenil não fazia sentido numa religião que apesar de muito recente defendia ideias muito estritas. era necessário um cristo mais credível. por isso, e porque o modelo de homem que toda a civilização tinha nesse momento era o imperador, cristo passou a ter a imagem do imperador: com barba, meio ruivo (como começaram a ser os povos depois da mistura com povos bárbaros) e com auréola, um atributo que vem do culto de mitra.



Moscóforo
cerca de 560 a. C.
Museu da Acrópole, Atenas


Ícone de Cristo em Santa Sofia, Istambul

e quanto a nossa senhora? o que acham da história da natividade? bonitinha, não é? pois, mas os pormenores sobre a forma como a virgem deu à luz, ou quem estava lá, ou se estava frio ou quente, se o menino foi deitado em palhinhas ou embrulhado em paninhos, são contraditórios nos diferentes evangelhos. por exemplo, lucas diz no seu evangelho que o menino foi embrulhado em panos: "E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem." os magos são magos ou são reis? há quem fale de magos, há quem fale de reis. mateus por exemplo fala de magos: "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém". a verdade é que só mais tarde estes magos passam a reis. existem porém outros escritos, não canónicos, que também podem ser considerados. o proto-evangelho de santiago

é a narração mais antiga deste episódio da vida de cristo. data de cerca do século II e IV e fala da existência de uma gruta em belém e de uma parteira chamada salomé. o pseudo-evangelho de são mateus é uma versão de finais do século V que recolhe tradições orais. nele é referida uma gruta subterrânea com um boi e um burro que adoram jesus, bem como três mulheres para além de maria: duas parteiras e salomé que iria testemunhar a virgindade da virgem. como podemos ver as formas de retratar o presépio forjam-se nesta altura. é também aqui que surge a questão (caso para dizer, bizantina) que dividia a igreja a oriente e ocidente: como teria concebido a virgem? de pé, ou deitada? para acentuar ainda mais as diferenças entre oriente e ocidente a primeira optou por retratá-la sempre deitada enquanto a ocidente optou-se pela virgem em pé, sentada ou ajoelhada junto ao menino, a adorá-lo, evitando assim a discussão acerca de um parto que ninguém sabia como tinha sido.


Ícone bizantino
Natividade
Século XV
Colecção Rena Andreadis, Atenas


Bartolo di Fredi
Nativity and Adoration of the Shepherds
c. 1383
Pinacoteca, Vaticano


sabem aquela história da pietá do miguel ângelo? disseram-lhe um dia que ele tinha esculpido maria muito nova. que uma mulher daquela idade não poderia ter um filho de 33 anos. miguel ângelo respondeu que as mulheres castas permaneciam jovens muito mais tempo (é esse o meu lema!). e josé? josé parece sempre um homem bastante mais velho que maria. não sei qual a idade de josé quando foi pai, mas ele nunca surge como um pai muito fresco. porém, daí a ficar calvo... pois é, só com Giotto é que são josé começa a ser calvo e ainda que ninguém me tenha "encomendado nenhum sermão" como se costuma dizer por estas bandas, vou dar a minha opinião. acho que a partir de determinada altura foi necessário nobilitar a imagem de josé. mais até que reabilitar, nobilitar, torná-la mais séria, mais credível como aconteceu com cristo. afinal aquele não é definitivamente "o pai da criança"! mas atura a mãe, foge de herodes, come o pão que o diabo amassou, vê o filho morrer e enterra-o. nada mais se sabe dele, nem sequer tem o mesmo papel de maria. a partir de giotto passou a ser calvo talvez por essa questão de fazê-lo mais respeitável. podemos comparar a imagem de bartolo di fredi (um contemporâneo de giotto) com esta de gentille da fabriano, posterior a giotto.
Gentile da Fabriano
Nativity
1423
Galleria degli Uffizi, Florença

e depois de já termos falado sobre o nascimento de cristo e de seus pais, temos que falar da morte de cristo, cuja representação não foi sempre a mesma. no início do século XIII nota-se a mudança já que cristo que habitualmente tinha quatro pregos na cruz, passa a ter apenas três (apenas, é como quem diz...) e mostra-se impassível face à dor já que está de olhos abertos. o bispo lucas de tui escreve no início de 1230 que compreende as razões para esta mutação na iconografia cristã já que este novo esquema triangular de dor era ainda mais pungente que o outro. pois ora se assim, com três pregos cristo parecia sofrer mais do que com quatro... era porque tinha sido crucificado com três pregos e não se falava mais nisso. na verdade o que deve ter provocado a morte de cristo terá sido - se atendermos à possibilidade de ter apenas um prego para os dois pés, cruzados um sobre o outro - a força que teria de exercer na coluna para não romper os pregos nas mãos. ficam também aqui duas imagens, uma relativa aos quatro pregos e outra aos três.


Autor desconhecido
Crucifixo
1138
Cathedral, Sarzana


Giotto
Crucifixo
1290-1300
Santa Maria Novella, Florença
- não vai mais vinho para essa mesa -

[1]
Florence Welch (Florence and the Machine) para a Vogue alemã com fotografia de Karl Lagerfeld

[2]
designers e musicos nas páginas da W ou Behind the Muses

[3]
Beluga agora disponível para uso privado antes de ir para a Croácia e Montenegro

[4]
David Bowie retrospectiva-se no Museum of Arts and Design

[5]
Kate Moss numa publicidade muito engraçada para a marca Basement

[6]
A Estrunfina em Marc Jacobs, Lanvin, D&G e Vuitton
status: feeling kind of sad

sexta-feira, junho 24, 2011

- original soundtrack -

neste momento, faz todo o sentido:

This girl I know needs some shelter
She don't believe anyone can help her
She's doing so much harm, doing so much damage
But you don't want to get involved
You tell her she can manage
And you can't change the way she feels
But you could put your arms around her

I know you want to live yourself
But could you forgive yourself
If you left her just the way
You found her

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

You're a boy and i'm a girl
But you know you can lean on me
And I don't have no fear
I'll take on any man here
Who says that's not the way it should be

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

She's a girl and you're a boy
Sometimes you look so small, look so small
You've got a baby of your own
When your baby's grown, she'll be the one
To catch you when you fall

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

You're a girl and i'm a boy (x4)

Sometimes you look so small, need some shelter
Just runnin round and round, helter skelter
And I lean on your fears
Now you can lean on me
An that's more than love
That's the way It should be
Now I can't change the way you feel
But I can put my arms around you
That's just part of the deal
That's the way i feel
I put my arms around you

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

I stand in front of you
I'll take the force of the blow
Protection

You're a boy and i'm a girl (x4)

(Protection, Massive Attack)

- não vai mais vinho para essa mesa -

Noite de São João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de São João.
Porque há São João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

(Noite de São João, Alberto Caeiro)


- ars longa, vita brevis -
hipócrates

antes e depois como como este antes e depois se transformou num "aqui e ali". Passo a explicar: estava eu na minha vida quando fiquei a saber que do tríptico da Tentação de Santo Antão (que já analisamos aqui), existia não um, mas dois exemplares. Um deles no nosso (mais de uns do que de outros) MNAA e outro no MASP em São Paulo. Ora eu não sabia. Não sabia olhem... o que é que se há-de fazer? Não sabia. Isto para mim é preocupante: então querem agora dizer-nos que nós, portugueses, já não temos a prerrogativa do Santo Antão de Bosch? Que teremos de dividir atenções com os paulistas (ou paulistanos, depende)? Isto é quase a mesma coisa que o Louvre (com a devida distância porque o Santo Antão, felizmente, não é a Gioconda) descobrir que existia outra Gioconda. As diferenças são notórias: no primeiro quadro o incêndio é diferente do segundo, não há um conjunto de seres que pairam lá em cima no segundo quadro, não existe a roda no grupo mais à esquerda, o homem que assoma à porta tem na bandeja um objecto diferente, a estrutura que alberga a cruz sofre algumas modificações no segundo quadro. Acho que na versão do MNAA Bosch tornou a pintura mais caótica, tornou o cenário ainda mais apocalíptico. As cores são mais vivas e variadas (não é só uma questão de saturação, é a cor em si), os contrastes também são maiores. E parece-me que o quadro do MASP está mais arrumadinho. Há mais carne à mostra no quadro do MNAA, ou pelo menos aqui a carne parece mais carne.

adenda: há ainda outro num museu nos Estados Unidos.
Bosch
Triptych of Temptation of St Anthony
1500
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo

Bosch
Triptych of Temptation of St Anthony
1505-06
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
- o carteiro -

de futuro, evitar
conheço uma pessoa que usava muito esta expressão: "de futuro...". não lhe serviu de nada; de chefe de divisão passou a técnico graças à mudança de partido no poder da edilidade. quando muda o poder, mudam-se as vontades e embora não vá aqui revelar a minha preferência política, tenho de dizer que a fazer fé nas preferências do actual nosso primeiro sobre os feriados, para acabar com um feriado nacional deveria excluir-se, definitivamente, este do Dia de Corpo de Deus. simplesmente porque o feriado do"corpo de Deus" é a contradição oral (isto na continuação do que dizia antónio guerreiro no expresso acerca das folhas de exame que continham escrito "não escreva nada nesta folha" e que ele denominou de contradição performativa) da trindade. a expressão original é "corpus christi" - que sempre faz mais sentido - mas a que se usa é "corpo de Deus". um dos dogmas do cristianismo revela-nos que ele é pai, filho e espírito santo. sem a crença em tal pode o cristão morrer na praia. mas podemos aceitar tal antítese na denominação deste feriado? vejamos:
se deus é deus, logo pode ser pai, filho e espírito santo, pois ele tudo pode; a nós, ignóbeis mortais, é que os seus desígnios são um mistério. pode por isso materializar-se a fazer-se cristo ou pode continuar desmaterializado e fazer-se espírito. porém:
se deus é espírito, não se pode materializar pois o espírito só se materializa se andar mais rápido que a velocidade da luz e,
se deus é filho, então não se pode converter em pai por uma incongruência cronológica. o filho nunca antecede o pai.
compreendendo isto na lógica cristã, há de facto sentido e até lirismo na expressão. mas compreendendo na lógica laica, que é a que nos rege na prática: o lirismo que se lixe. pode dedicar-se um feriado ao corpo de Deus, mas não se pode representar esse mesmo corpo! na arte, à excepção de miguel ângelo, nunca vi nenhum retrato do corpo de Deus. os primeiros pintores, quando não podiam evitá-lo, representavam mãos. o mais recente de que me recordo é o de Rembrandt, relativo a uma passagem do antigo Testamento.

Giotto
No. 23 Scenes from the Life of Christ: 7. Baptism of Christ
1304-06
Cappella Scrovegni (Arena Chapel), Pádua

Miguel Ângelo
Creation of Adam (pormenor)
1510
Cappella Sistina, Vaticano

Rembrandt
Belshazzar's Feast
1635
National Gallery, Londres
- o carteiro -

Divine, o travesti de culto do realizador John Waters, conhecido pelas cenas escatológicas e quase viscerais, vai ser agora, em 2012, tema do documentário "I am Divine" de Jeffrey Schwartz. Se não se lembram dela vejam então o vídeo promocional.

a indústria dos perfumes virou-se agora para uma nova essência: a da árvore de aloé ou árvore da Índia. o nome da essência dela extraída é em inglês oud e tem tentado ser reproduzida por várias casas que tentam assim conter num frasquinho o cheiro das mil e uma noites. Dior, Kilian, Armani e Guerlain são alguns dos nomes que se adiantaram na pesquisa.


sexta-feira, junho 10, 2011

Noite de São João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de São João.
Porque há São João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

(Noite de São João, Alberto Caeiro)

quinta-feira, junho 09, 2011

- o carteiro -

vou só ali estudar a passagem de Constantino para Justiniano, que me está a falhar.

mas às vezes penso "para quê este curso?" o país não vai para melhor, provavelmente vão acabar com o ministério da cultura, em tempos de crise ninguém quer saber de "alimento espiritual". Eu gosto muito do que estudo, adoro o que estudo, mas o que é que faço com aquilo que estudo?
(próxima semana, com os exames, é provável que poste menos)

quarta-feira, junho 08, 2011

- ars longa, vita brevis -
hipócrates

eu vou. e ainda que não seja my favourite flavour, também vou.
- não vai mais vinho para essa mesa -

no passado dia 5, dia de eleições, levantei-me decidida. farta de tanto "os nossos políticos não são apreciados" e "os portugueses não têm respeito pela classe política", não fiz por menos. era dia de andar assim (pela casa, com cara de levantar, a fazer de conta que gravo um vídeo clip, já toda penteada e sem olheiras nem nada), mas arranjei-me e com ar de anos 50, mais ou menos a este ritmo, mas desta cor, saí para votar. não usei a caneta: coloquei em cada candidato um beijo escarlate - excepto no PNR que eu tenho princípios - para ninguém se queixar. eram tantos os partidos que quase tinha de retocar o batom. Chanel, desde 5 de Junho a patrocinar eleições.


(desculpem)