terça-feira, setembro 16, 2008

- original soundtrack -

A casa noturna
Se mantém à noite
Em clima de festa
De longe se ouvem
Vários instrumentos
De cordas e metais
Boémios bebendo
Cantando e dançando
Ao som da orquestra
Um som estridente
Que lhe deu o nome
De Som de Cristal

A casa noturna
Boite falada
Lugar de má fama
Com as portas abertas
Durante a noite
Entra quem quiser
Porém nessa noite
Sem que eu esperasse
Entrou uma dama
Fiquei abismado
Porque se tratava
De minha mulher

Ela se cansou
De dormir sozinha
Esperando por mim
E nessa noite
Resolveu dar fim
Na sua longa e maldita espera
Ela não quis mais
Levar a vida de mulher honrada
Se na verdade
Não adiantou nada
Ser mulher direita
Conforme ela era
Ela decidiu
Abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas
Que fazem ponto
Naquele lugar
A minha vida
Muito mais errante
Agora continua
Transformei a esposa
Em mulher da rua
Na mais nova dama
Do Som de Cristal
(...)

(Som de Cristal, Marante)

3 Comments:

Blogger João Barbosa said...

ganda pinta. o ecletismo é lindo. adorei a pirosada

16/9/08 10:54 da manhã  
Blogger AM said...

a posta, como sempre, tem um en-canto... que nem mesmo eu (caetano) sei explicar...
a letra do Marante (?) é hiper-realista!
a música (quase que só tenho ouvidos para o pacific ocean blue do dennis) é que ainda não ouvi
e o filme propriamente dito, beluga, que tal?
gostava muito de ler a sua opinião sobre o filme, que sobre o querido mês de agosto já estamos a-postados...

16/9/08 9:58 da tarde  
Blogger Belogue said...

caro joão barbosa:
nõ sei se viu o filme, mas se nãoviu, tem de ver.não postei a música porque gosto dela, não gosto (a que gostei de ouvir no filme foi "passear contigo, amar e ser feliz..." e uma outra do Nelo e Cristiana em que a protagonista dizia "é mentira". dentro do contexto superavam qualquer joão pedro pais. a música em si é paradigmática do filme porque o Marante diz nessa altura que não existe música pimba em Portugal, existe música popular portuguesa. na minha opinião existe, mas nota-se nessa cena a dificuldade que ele tem em fazer o povo soltar-se e ir dançar. tal comoo realizador tinha dificuldades em arrancar com o filme numa alusão ao que se passa com o cinema em portugal.

Caro Am:
o filme é aquilo que os brasileiros chamariam de "um charme" ("tão bonitjinho", como diz o caetano). a letra não é do Marante, mas de uma dupla brasileira. a posta fica prometida para o próximo dia de postagens. aliás, eis um filme que merece uma grande e gorda postagem, para contrastar com a seca monumental que foi ver Os amores de Astrea e Celadon. terrível, das coias piores que já vi, não obstante o mérito de contar uma história clássica com textos e contextos clássicos (ao contrário daquele Romeu e Julieta com o leonardo di caprio, que não vi). de qualquer forma, muito aborrecido, sem o mínimo foco de interesse.

17/9/08 12:17 da manhã  

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