- não vai mais vinho para essa mesa -
um destes dias o paulo chegou junto de mim e disse: "toma. prá você!" (O paulo é brasileiro, convém ler com sotaque). pousou à minha frente três maços brancos identificados exteriormente por um cartão com o meu nome, email, número de telemóvel e endereço da revista online para a qual escrevo. Lá dentro estavam 300 cartões como este:
e nesse instante senti uma alegria estúpida. senti-me talvez, importante ou reconhecida.
e logo depois pus-me a pensar: "rapariga, tu não conheces 300 pessoas". ainda que conhecesse, não teria coragem para andar assim a publicitar-me. isso parece um bocado infantil como quando éramos novos e a nossa peça saía no jornal da escola. tínhamos de vender o jornal a toda a família que se mostrava muito interessada. ou parece que estamos a brincar às pessoas importantes. para além de ser ridículo: quando alguém que conheço me oferece um cartão só dá vontade de dizer "deixa-te de parvoíces! eu conheço-te." bem sei que para quem me lê isto pode parecer falsa modéstia, mas honestamente, aquilo que eu faço, às vezes nem a mim interessa quanto mais aos outros. pois então "de modos que" não sei o que fazer a 298 cartões (dei um ao pai e outro à mãe!)
2 Comments:
Guarde um cartão para mim (S M I L E)
Ui... guardo quantos quiser, para acender a lareira. não sei o que fazer com tantos.
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