sexta-feira, agosto 15, 2008

- o carteiro -

Post para ser lido por gente dos 8… (de pónei)
O primeiro a falar disto foi o New York Times. Idóneo, mas não o suficiente, uma vez que estava em causa a quantidade de medalhas de ouro que a China ia arrecadar nestes Jogos Olímpicos. Antes mesmo de a ginasta chinesa ter vencido, juntamente com as suas colegas de equipa a prova de ginástica artística deixando em segundo lugar a equipa americana, já este jornal falava da possibilidade He Kexin e de Jiang Yuyuan, duas das participantes, não terem a idade mínima requerida para participar nos Jogos Olímpicos: 16 anos. É sabido que quanto mais velhas são as ginastas, ou mesmo quando começa a puberdade, o seu “valor” baixa. A vantagem das ginastas mais novas é que são mais leves e menos temerosas no que respeita a exercícios arriscados. São duas as ginastas cuja idade apresentada pelas autoridades chinesas, deixa algumas reservas: He Kexin (cuja biografia não está acessível) terá nascido a 1 de Janeiro de 1994 e por isso terá 14 anos e Jiang Yuyuan , cujo perfil na mesma página também não está acessível teria os mesmos 14 anos. Mesmo a entrada das duas ginastas na Wikipédia tem sido sucessivamente editada. Os parágrafos sobre a idade de He Kexin aparecem e desaparecem. Um artigo publicado pelo China Daily em 23 de Maio de 2008 entretanto retirado do Google mas acessível através da versão cache diz logo nas primeiras linhas que a ginasta tem 14 anos. O artigo, tal e qual o anterior, mas antes da censura, pode ser visto facilmente aqui no Google.
Obviamente os combates ganham-se em campo, mas a diferença entre uma rapariga de 14 anos e uma de 16 é, neste desporto, muito grande. O Comité Olímpico Internacional já veio dizer que não vai investigar a idade de nenhuma das duas atletas.


Aos 80… (a ginete)
A idade é um posto e o trabalho bem feito permite a manutenção desse posto. Ralph Lauren está para América como Fátima Lopes+Nuno Gama está para Portugal. Ninguém melhor que ele capta o espírito americano no que à moda diz respeito. No entanto não foi bem sucedido em Pequim. Quando a comitiva Americana entrava no Estádio Olímpico de Pequim, via-se mais depressa o logótipo do estilista (um jogador de pólo em cima do seu cavalo) do que o logo da Federação Americana. Como se não bastasse vestiu os atletas de uma forma muito snob, como se todos fossem aristocratas ou pertencessem a um clube náutico. O American Politics Journal faz neste artigo uma crítica feroz a Ralph e ao seu filho David encarregues de desenhar os fatos. A América está indignada: dizem que nada os distingue, com este uniforme, de países como a França ou a Inglaterra e que é igual a tudo o que a América já mostrou.