quinta-feira, agosto 14, 2008

- o carteiro -
Eugenio Recuenco recriou em fotografia o relevo do friso do Parténon que se encontra actualmente em mau estado espalhado pelo Louvre e pelo British Museum. Eugenio é um dos fotógrafos preferidos do Belogue, mas achamos que esta recriação, deixa muito a desejar e que é mais fruto da sua imaginação do que da realidade. Apesar de demasiada realidade cansar, a invenção nas fotografias de Eugenio não fica nada bem. O friso do Parténon que Eugénio fotografou não tem qualquer semelhança com o friso em si. Eugénio parece ter recriado algumas cenas típicas como guerra entre heróis (talvez Ulisses na primeira imagem devido ao ênfase dado ao escudo), a descoberta do fogo por parte da humanidade (na segunda imagem), e o mito de Sísifo bem como Perseu com a cabeça da Medusa na terceira imagem. Mas o mais curioso é que para além da Coluna de Adriano em Roma que conta, em espiral a história da cidade, desconhece-se a existência de um outro monumento que fale sobre a história dos deuses. A memória escrita está espalhada por vários livros como as Metamorfoses de Ovídio, ou Teogonia de Hesíodo, esse sim, o livro que fala dos deuses e relações entre si. Por isso, a recriação de Eugénio Recuenco de outra coisa qualquer que não o friso de Parténon. Até porque o friso do Parténon, que cobre a parte superior da cella, com 160metros de comprimento total, mostra o desfile de 360 figuras humanas e deuses, cerca de 250 animais (principalmente cavalos) e tem como tema a Grande Procissão sacrificial panateneica (chamada de Panateneia ou festas panateneias) que se realizava de quatro em quatro anos e que era uma forma de homenagear a deusa Atena. Não era uma procissão ou desfile a anunciar ou festejar os jogos Pan-helénicos, embora tivesse a mesma dimensão. Como era uma procissão sacrificial as cenas retratas em alto-relevo no friso do Parténon mostram oferendas aos deuses, bem como cenas de batalhas importantes da mitologia




Eugénio Recuenco