quinta-feira, julho 24, 2008

- o carteiro -

O caso Condé Nast e os cartoons:
Se alguém acha piada ao grupo Pais do Amaral possuir revistas, editoras, jornais e estações de televisão, pode rir-se verdadeiramente de uma coisa: no grupo Pais do Amaral ninguém se diverte tanto como no Condé Nast. O grupo Condé Nast inclui revistas como a Vogue, a Vanity Fair, a New Yorker e a Wired, entre tantas outras. As três primeiras conseguiram fazer dinheiro gastando dinheiro (são das revistas mais vendidas do grupo); ou seja, investindo. Mas que eles se divertem, lá isso divertem.
Depois da capa do New Yorker em que Michelle Obama e Barack Obama se cumprimentam com o punho fechado numa divisão daquilo que parece ser a Casa Branca, eis que os amiguinhos da Vanity Fair, amigos de grupo (ambos pertencem à Condé Nast) e provavelmente de almoço (uma vez que os escritórios dos duas revistas situam-se no mesmo prédio), a Vanity Fair, não abandonando as suas capas glamorosas, publica no site um cartoon de solidariedade para com os amiguinhos do New Yorker. Em que mostra o outro casal candidato à casa Branca: os MacCain no mesmo espaço que os Obama, mas sem a mesma piada.





Outra capa criticada, muito criticada há algum tempo, ainda se jogavam as Primárias, foi a Vogue Americana que permitiu, pela segunda vez na sua história que um homem aparecesse na primeira página. O primeiro foi George Clooney e Gisele Bündchen em Junho de 2000. A segunda vez foi o basquetebolista LeBron James e a mesma Gisele Bündchen para a edição de Abril deste ano. O mal estar instalou-se na comunidade negra que não viu com bons olhos a possibilidade de uma revista lucrar com a provável eleição como candidato democrata a presidente dos EUA, associando a sua capa a um negro. Não é a presença do negro que estava em causa, mas o momento em que a Vogue publicou a fotografia e o tipo de fotografia escolhida que segundo os mais ortodoxos perpetua um estereotipo machista e racial: homem forte ampara mulher frágil e homem negro estilo King Kong rapta mulher branca. (Vi as fotografias dos ensaios que apenas pretendiam misturar dois mundos diferentes, o da moda e do desporto e havia de facto fotografias muito melhores a escolha desta para capa é algo duvidosa). Porém, o New York Observer recriou a capa da Vogue usando no lugar de LeBron James, uma temível Anna Wintour e no lugar de Gisele o presidente da Condé Nast, Si Newhouse. Assim como LeBron faz de King Kong, Anna Wintour faz o seu papel que inspirou o filme “The Devil Wears Prada”. Esta capa que não é recente e que surgiu logo após a original, não deixa de ser controversa, pois ao contrário do que aconteceu com a Vanity Fair em relação à New Yorker, a New York Observer não é do mesmo grupo da Vogue.





Alguém imaginaria a Mulher Moderna a parodiar o Destak fazendo um cartoon da Isabel Stilwell? Ou a caras a parodiar a Ana fazendo um cartoon do Simão Sabrosa? Seria o fim do mundo, chamava-se a polícia, havia mortes e manifestações pela paz, toda a gente de t-shirt branca que as revistas vendiam...

3 Comments:

Blogger João Barbosa said...

continua imparável nos remates finais... se fosse futebolista seria instinto matador ou poder concretizador ou outra coisa qualquer do futebolês (coisa que não domino)

24/7/08 10:35 da manhã  
Blogger AM said...

não há trivelas como as trivelas da beluga

24/7/08 12:01 da tarde  
Blogger Belogue said...

caro joão barbosa:
pensei em substituir o simão sabrosa pela elsa raposo e a isabel stilwell pelo João Pereira Coutinho. foi um remate... que entrou e saiu. (para falar futebolês basta verbos em tempos diferentes e pleonasmos. e algumas antíteses para desenjoar)

caro am:
posso dizer-lhe que sei o que são trivelas. os fora-de-jogo é que me custa descortinar. para mim ninguém está avançado no momento do remate. e nem consigo orientação com as linhas do relvado. fico-me pela trivela que já não é mau.

25/7/08 12:42 da manhã  

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