- o carteiro -
O caso Condé Nast e os cartoons:
Se alguém acha piada ao grupo Pais do Amaral possuir revistas, editoras, jornais e estações de televisão, pode rir-se verdadeiramente de uma coisa: no grupo Pais do Amaral ninguém se diverte tanto como no Condé Nast. O grupo Condé Nast inclui revistas como a Vogue, a Vanity Fair, a New Yorker e a Wired, entre tantas outras. As três primeiras conseguiram fazer dinheiro gastando dinheiro (são das revistas mais vendidas do grupo); ou seja, investindo. Mas que eles se divertem, lá isso divertem.
Depois da capa do New Yorker em que Michelle Obama e Barack Obama se cumprimentam com o punho fechado numa divisão daquilo que parece ser a Casa Branca, eis que os amiguinhos da Vanity Fair, amigos de grupo (ambos pertencem à Condé Nast) e provavelmente de almoço (uma vez que os escritórios dos duas revistas situam-se no mesmo prédio), a Vanity Fair, não abandonando as suas capas glamorosas, publica no site um cartoon de solidariedade para com os amiguinhos do New Yorker. Em que mostra o outro casal candidato à casa Branca: os MacCain no mesmo espaço que os Obama, mas sem a mesma piada.
Outra capa criticada, muito criticada há algum tempo, ainda se jogavam as Primárias, foi a Vogue Americana que permitiu, pela segunda vez na sua história que um homem aparecesse na primeira página. O primeiro foi George Clooney e Gisele Bündchen em Junho de 2000. A segunda vez foi o basquetebolista LeBron James e a mesma Gisele Bündchen para a edição de Abril deste ano. O mal estar instalou-se na comunidade negra que não viu com bons olhos a possibilidade de uma revista lucrar com a provável eleição como candidato democrata a presidente dos EUA, associando a sua capa a um negro. Não é a presença do negro que estava em causa, mas o momento em que a Vogue publicou a fotografia e o tipo de fotografia escolhida que segundo os mais ortodoxos perpetua um estereotipo machista e racial: homem forte ampara mulher frágil e homem negro estilo King Kong rapta mulher branca. (Vi as fotografias dos ensaios que apenas pretendiam misturar dois mundos diferentes, o da moda e do desporto e havia de facto fotografias muito melhores a escolha desta para capa é algo duvidosa). Porém, o New York Observer recriou a capa da Vogue usando no lugar de LeBron James, uma temível Anna Wintour e no lugar de Gisele o presidente da Condé Nast, Si Newhouse. Assim como LeBron faz de King Kong, Anna Wintour faz o seu papel que inspirou o filme “The Devil Wears Prada”. Esta capa que não é recente e que surgiu logo após a original, não deixa de ser controversa, pois ao contrário do que aconteceu com a Vanity Fair em relação à New Yorker, a New York Observer não é do mesmo grupo da Vogue.
Alguém imaginaria a Mulher Moderna a parodiar o Destak fazendo um cartoon da Isabel Stilwell? Ou a caras a parodiar a Ana fazendo um cartoon do Simão Sabrosa? Seria o fim do mundo, chamava-se a polícia, havia mortes e manifestações pela paz, toda a gente de t-shirt branca que as revistas vendiam...
3 Comments:
continua imparável nos remates finais... se fosse futebolista seria instinto matador ou poder concretizador ou outra coisa qualquer do futebolês (coisa que não domino)
não há trivelas como as trivelas da beluga
caro joão barbosa:
pensei em substituir o simão sabrosa pela elsa raposo e a isabel stilwell pelo João Pereira Coutinho. foi um remate... que entrou e saiu. (para falar futebolês basta verbos em tempos diferentes e pleonasmos. e algumas antíteses para desenjoar)
caro am:
posso dizer-lhe que sei o que são trivelas. os fora-de-jogo é que me custa descortinar. para mim ninguém está avançado no momento do remate. e nem consigo orientação com as linhas do relvado. fico-me pela trivela que já não é mau.
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