quarta-feira, janeiro 16, 2013

desligar a luz, deitar, ouvir o coração no colchão. virar para o outro lado e virar novamente até o cabelo ficar enrolado do pescoço. rolar até ao lado frio a cama, tentar dormir mas esquecer de fechar os olhos, insistir. tentar combater os porquês que aparecem sempre nesta altura. ao fim de uma hora, levantar e tomar um comprimido. desligar a luz, deitar, ouvir um cão lá fora, ouvir o coração bater no colchão, mais espaçado. rolar o corpo e a lágrima. noite patrocinada pelos princípios ativos do lexotan.

9 Comments:

Blogger Unknown said...

desligar o aquecedor
entornar o pingo no ouvido, sem desperdício
passar da vertical à horizontal sem desmanchar (ordem, rústico!) a coluna
tapar a cabeça até aquecer com o próprio bafo
mal mexer (não agitar)
rebolar pela cintura
esquecer tudo (mas mesmo tudo - como em esvaziado de existir) e dormir em paz (ou sofrer as consequências de uma insónia arquitectónica-ó-sentimental sem obstáculos à altura d'este carneiro mal medicado...)
não levantar nem para o xixi

16/1/13 7:51 da tarde  
Blogger Belogue said...

ler o que escreveu e rir. imaginar a cena e relativizar estados de espírito ante estados de saúde. nem para o xixi

disse-lhe que lhe diria as notas. correndo o risco de isto ser lido por pessoas que pensem: "lá está ela a armar-se em carapau de corrida", digo-lhe que a nota de arte e cultura barroca foi 17. já sei que é bom, mas eu acho sempre que pode ser melhor

16/1/13 11:05 da tarde  
Blogger Unknown said...

17 é muito bom (smile)
e, não sei porquê, parece-me melhor que 18 (smile)
19 é uma nota parva * (o que é que ficou a faltar desta vez...)
e 20 só no céu

* ficava piurso quando era puto e tirava 19 a descritiva...

(o sub-texto erótico do anterior comentário - reparo-o agora - foi, de todo em todo, involuntário)

16/1/13 11:15 da tarde  
Anonymous ana said...

filha da mãe :)
como dizia o professora maia, "18 é para o excelente aluno, 19 para o professor, e 20 só para deus"

17/1/13 6:42 da tarde  
Blogger Belogue said...

caro antónio:
lembro-me disso; do rigor com o traçado para ficar tudo direitinho. Até se dizia que os professores corrigiam fazendo o exercício em papel vegetal de engenharia e em seguida sobrepondo ao nosso desenho. mas para ser sincera só percebi geometria no 12º ano. aí tive perspetiva cónica e quando percebi perspetiva cónica foi como se se tivesse aberto uma porta da mente. tudo fez sentido: comecei a sonhar com geometria e a ver as coisas projetadas à minha frente. foi uma revelação.

18/1/13 1:09 da manhã  
Blogger Belogue said...

anita:
não conhecia isso. quem é esse/essa professor(a)? as notas têm sido assim, à excepção de história do mobiliário em que tive 15 (uma não muito longa história) e arquitetura medieval (19). de resto cá vamos, já um bocado farta de exames.

18/1/13 1:11 da manhã  
Blogger Belogue said...

desculpa ana, não era para me armar.

18/1/13 1:15 da manhã  
Blogger alma said...

Parabéns !
17 é uma nota sólida e confortável.

18/1/13 9:21 da tarde  
Anonymous ana said...

o professor Maia, de Filosofia. Não foi nosso :)
não te armas, eu deleito-me na tua proximidade, esperando contágio

18/1/13 10:38 da tarde  

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