sexta-feira, dezembro 21, 2012

- original soundtrack -

não vou ficar "jururu" para sempre. por isso, e porque é natal, cá está o clássico. o meu clássico. Adoro a música, principalmente os acordes do órgão logo no início. esta música faz-me lembrar os meus seis anos de idade (pensavam que ia dizer que me fazia lembrar o Natal). Na primeira classe eu e a Bárbara partilhávamos carteira nas aulas da Dona Alcina. E a Bárbara que era a menina popular da primária, levava sempre uns cadernos com macacada. Ele era o Pierrot com uma lágrima no olho, a Lilibeth e a Minnie que, quando olhávamos de um lado tinha os olhos abertos e de outro, os olhos fechados. Ora a Bárbara também tinha um caderno que na contracapa tinha uma fotografia do George Michael quando era o Sansão dos 80's. E eu e a Bárbara, quando a Dona Alcina não estava a olhar, beijávamos a boca de papel do George Michael. E era bom... 
Em memória dos natais da infância, Feliz Natal (António, depois posto Divine Comedy) 
















(Last Christmas, Wham!)

9 Comments:

Blogger alma said...

Feliz Natal (smile)
O que é feito dessa Bárbara ?

21/12/12 1:07 da manhã  
Blogger Belogue said...

Cara Alma:
envio-lhe os votos de um feliz natal por email, porque queria falar sobre outra coisa consigo. A Bárbara mora na Holanda com o namorado que é piloto e o filho Xavier que nasceu no ano passado. A Bárbara era a miúda mais execrável da escola, mas toda a gente queria andar com ela porque ela era a mais popular. Houve uma altura em que estivemos afastadas. Agora ela mudou bastante (mudámos todas) e sempre que ela vem cá fazemos jantares épicos em que só dizemos parvoíces e nos rimos. Mudou muito ela. quando voltei a estar com ela pensava "quando é que ela vai escarnecer de alguém". mas depois percebi que ela se tornou impecável.

21/12/12 1:13 da manhã  
Blogger alma said...

Beluga,
Essa Bárbara fez estragos ...
Se ela mudou ainda bem, ou terá sido a Beluga é que mudou ?!

ahahahah
lembrei-me de algo que
não foi bonito o que fiz mas também não sou santa.
nos meus tempos de adolescente havia uma gajita que sucrinava-me a cabeça por eu ser careta, metia-se na minha vida a saber o que lia e o que não lia porque é que gostava disto e não daquilo tudo com um tom autoritário.
no outro dia numa fila para uma bilheteira ela viu-me e perguntou se era mesmo eu (com um tom amigável) eu tipo megera disse que sim e voltei-me para a frente e nunca mais a vi hahahahahah
sei que não foi bonito mas deu-me tanto prazer.

22/12/12 6:14 da tarde  
Blogger Belogue said...

Cara alma:
gostei dessa história. Ri-me bastante! como é que se lembrou de fazer isso?
A Bárbara tinha muito dinheiro e, embora ela muitas vezes não fizesse de propósito, a verdade é que às vezes, quando estávamos todas juntas, ela acabava por ser inconveniente porque se esquecia que nem toda a gente tinha o dinheiro dela. Depois era uma figura adorável, um bocado exótica. Um bocado mimada também. Ela mudou: a família perdeu tudo, ou quase tudo. Hoje quando fala connosco vemos que é carinhosa, quando antes não era. Eu nunca pensei sequer que um dia ela pudesse vir a ser mãe. Eu também mudei. Acho que levava as afrontas dela muito a peito. Tentava ser a melhor nas aulas para compensar a roupa que não era de marca e que ela me recordava sempre. Se fosse hoje, claro que seria diferente. Mas também estou mais calma: no liceu era levada do diabo. Tinha boas notas, mas levava grandes decotes e testava os professores, dançava em cima das mesas de aula, discutia com os professores quando não concordava com uma coisa.

23/12/12 12:20 da manhã  
Blogger Unknown said...

as mulheres... (smile)
mais que eu sabia o que eram beijos... aos seis anos...
hoje sim... posso beijar (desenhos no) papel... embora não me sinta nada melhor lá por isso...
anyway... feliz natal para a beluga e para todos os comentadores desta pequena mas muito simpática comunidade de leitores

23/12/12 7:23 da tarde  
Blogger Unknown said...

Este comentário foi removido pelo autor.

23/12/12 7:23 da tarde  
Anonymous Brontops said...



Feliz Natal, Beluga...

Abração daqui de além-mar. Feliz Natal, Super Ano Novo.

Segue um poema publicado num jornal daqui, que acertou em cheio minha relação com o Natal.
* 8 *

todo ano tento odiar o natal
os motivos são grandes e vários
de repente não consigo odiar nada
e estou mastigando aves


mesas, parentes, jesus, pinhas, luzes
tento em vão odiar estes itens
ou a ausência deles
a presença ou a ausência de aves


no fim do dia escondo
todo traço de contentamento
flocos de neve falsa nos cabelos
prometo que no outro ano
odeio o natal de novo
.
.
(Poesia de Ana Guadalupe)

23/12/12 8:59 da tarde  
Blogger Belogue said...

Caro Atónio:
Calma aí!!! Eu dei o meu primeiro beijo na boca aos 16 anos e a uma rapariga! Os desejos de um feliz Natal. A comunidade agradece-lhe o tom encomiástico!

23/12/12 11:20 da tarde  
Blogger Belogue said...

Caro Brontops:
Agradeço-lhe os desejos de Feliz Natal e queria retribuir-lhe deste lado do atlântico, um pouco mais frio que esse, os desejos de um ano com tudo a que tem direito. Peço-lhe mais uma vez desculpa por não visitar o seu blog.
Queria deixar-lhe um poema de Natal a sério, mas não consigo. Tento enviar às pessoas mensagens de esperança, e por isso acho que fiquei sem nenhuma. De qualquer forma, feliz Natal.

23/12/12 11:27 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home