- não vai mais vinho para essa mesa -
(...)
Triste é comprar castanhas depois da tourada
entre o fumo e o domingo na tarde de novembro
e ter como futuro o asfalto e muita gente
e atrás a vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
É muito triste andar por entre Deus ausente
(Ruy Belo, A mão no arado)
4 Comments:
é outra face do sempre eterno "desejo absurdo de sofrer"
a culpa, depois da sombra da tourada, é da luz e da claridade do nosso "astro" (rei)
raio de pátria mais masoquista que nos havia de calhar em "sorte"
é um sentimento muito português. e muito cristão: "vou-me punir porque me diverti". mas temos como pátria, toda a capacidade de nos rirmos de nós mesmos. são tão bons na auto comiseração, como a espalhar brasas
não sei se é muito legitimo da minha parte mas acabei por relacionar a sua "réplica" com o que ficou dito sobre os "risos" das esculturas do Munoz
Caro AM:
isto é o Belogue, é como na Turquia: tudo é possível. exceptuando o insulto e o palavrão.
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