quarta-feira, julho 16, 2008

- não vai mais vinho para essa mesa -
[toca o telemóvel, número privado]
- sim?
- sim? fala a professora?
- … depende…
- eu tenho aqui uma coisa para si.
- a sério? então como é que eu me chamo?
- não interessa. eu tenho aqui uma coisa que vai interessá-la. quer que eu diga o que é?
- se telefonou homem! desembuche!
- são umas fotografias. picantes.
- humm… impossível. enganou-se no número.
- ai não enganei não.
- ai enganou sim.
- até lhe digo mais.
- então diga lá se isso o faz sentir melhor.
- numa das fotografias a senhora está a f****.
- ahahahahahah! você está tãããããããããão enganado no número!
- não se ria. não estou enganado.
- está. e está a perder tempo ao telemóvel e está a fazer-me perder tempo.
- está com medo?
- cheia! a tremer!
- não se ria. se eu quisesse podia pedir dinheiro pelas fotografias.
- então peça.
- o que eu quero é outra coisa.
- ouça, enganou-se no número e acho melhor acabar a conversa. vou desligar, com licença.
- e mulher para isso?
- ei-la.

[nova chamada]
- ouça, já lhe disse que se enganou no número.
- dou-lhe as fotografias se f**** comigo e com o meu amigo.
- humm… não sei, não me dá jeito, não ando com muito tempo.
- então tem medo de homens.
- alguns metem medo. principalmente quando não tomam banho.
- não brinque que eu posso mostrar as fotografias a toda a gente.
- força, mas desde já lhe digo que se enganou no número.
- marco um encontro para amanhã na praia XXXX.
- nem sequer sei onde fica essa praia! ó homem, estou a dizer-lhe que não é comigo que quer falar, que não sou eu. oriente-se!
- é consigo é. quero saber se é mulher para f**** £#%%^X#%^%$X%#^%&^^%^
- não percebo a sua linguagem técnica. vá morrer longe