- não vai mais vinho para essa mesa -
I'd rather go naked than wear foul
Uma opinião é uma opinião é uma opinião
Apesar do muito que me apraz a aquisição de sapatos e roupa interior, tentei nunca postar sobre isso. Porque iria revelar os meus gostos mais do que aquilo que a blogosfera necessita de saber. No entanto após muito tempo de observação e investigação nas lojas da especialidade cheguei à conclusão que deveria escrever este post para tranquilizar a minha consciência.
Uma opinião é uma opinião é uma opinião
Apesar do muito que me apraz a aquisição de sapatos e roupa interior, tentei nunca postar sobre isso. Porque iria revelar os meus gostos mais do que aquilo que a blogosfera necessita de saber. No entanto após muito tempo de observação e investigação nas lojas da especialidade cheguei à conclusão que deveria escrever este post para tranquilizar a minha consciência.
Há uns tempos havia no Belogue uma rubrica que se chamava: “coisas que não compreendo”. Se a mesma não tivesse definhado hoje colocaria este post aí, mas visto que o que lá vai lá vai, deixo para o “carteiro” a notícia que me traz cá: a roupa interior das senhoras. Ao observar a forma como as senhoras compram e usam roupa interior percebi que as mesmas não atendem a quatro requisitos fundamentais: o “andar” de cima deve combinar sempre com o “andar” de baixo; a roupa deve ser adequada ao nosso corpo, medidas e à roupa que vamos usar (nada de enchouriçar as mamocas em soutiens mínimos e vestir uma t-shirt apertada por cima, ou usar uma blusa branca com soutien vermelho); nunca usar roupa interior com elásticos relaxados (umas cuecas não são assim tão caras!) e nunca usar por baixo aquilo que tem mesmo cara de que pode ser usado por cima. Vamos a este último ponto. Há uma razão para se chamar “roupa interior” e andar debaixo da “roupa exterior”; é a mesma razão pela qual não nos enxugamos com uma toalha de mesa após o banho, nem vestimos roupa de cama. A roupa interior tem as suas particularidades: é delicada, feita com tecidos confortáveis, perde a cor e a elasticidade com facilidade, etc… Independentemente das senhores preferirem roupa interior mais apimentada ou mais prática, com mais detalhes e efeitos ou com mais desportiva e simples, penso que uma senhora nunca deve usar estampados com Hello Kittys e personagens da Disney ou mesmo qualquer coisa que, adaptada a uma t-shirt de algodão, possa ser usada no dia-a-dia. E acreditem em mim que vejo muita gente sem roupa: há muitas senhoras que não dispensam do seu estampadozinho infantil.
Quanto à combinação dos andares prende-se ao com o meu perfeccionismo e sentido estético. É mais uma opinião do que uma regra, mas é a minha regra. O estado de conservação da roupa interior não deve, nunca (jamais!) ser descurado. Dizem que uma mulher se veste para agradar a um homem. Não sei muito bem o que é isso. Há dias em que me atavio e outros em que não. Mas sei que me engalano para me sentir bem comigo, porque gosto, porque quando me sinto bem comigo, sou uma pessoa melhor. Sei que parece muito “vamô tjirá o pé do chão, vamô sambá”, mas não é. Há depois quem pense sempre que nunca se sabe onde o dia vai acabar ou como vai acabar. Pode sempre ser-se vítima de um acidente e haver necessidade de um internamento. Nada melhor que estar preparado. Esta visão vai de encontro à ideia de que uma mulher se veste para os homens. Ou que se veste para ser despida por alguém e que por isso tem de estar preparada. Torna um acto agradável numa obrigação que é precisamente aquilo que não defendo. Assim como não andamos com nódoas no casaco, ou com as aclças descosidas, é de evitar andar com cuecas que pareçam já ter pertencido a alguém com o dobro do nosso volume.
Bem sei que não acham relevante, mas tinha de postar. Acho que às vezes as pessoas “emprenham” pelo olhar. Vêem o exterior, as calças que fazem o rabiosque maior, os mamilos falsos, os soutiens de água e atendem apenas ao geral, em atender à beleza dos interiores. A beleza dos interiores ajuda (-me) na beleza interior.
3 Comments:
absolutamente de acordo com as suas observações. mas acrescento um ponto:
.
o prazer de vestir tem de ser para o próprio e não para outrém. Esclareço; é como os jantares à luz das velas, não têm de ser românticos nem mesmo com outra pessoa, podemos mimar-nos. Obviamente que nem todos os dias nos apetece jantar à luz das velas, mas roupa interior precisamos sempre. Façamos do vestir um acto de beleza e de prazer.
adoro descobrir uns
"boxers" elásticos brancos, imaculados e minimais debaixo dumas calças
Caro João Barbosa:
de acordo com o acordo. quando compro uma coisa para mim peço para embrulhar. as meninas das lojas riem-se e pensam que eu estou a brincar. Eu digo´: "É a sério. E pode pôr um laço, fechar o saco com agrafos e essas coisas todas. Quando abrir vai ser uma grande surpresa". E elas dizem: "Quer talão de troca?". Ao que respondo : "Claro! nunca se sabe se vou gostar daquilo que me ofereci". Elas fazem aquela cara de "esta não bate bem", mas, what the hell.
Caro Jimi:
Mas sabes que quando estão assim tão brancos que até tens de usar óculos de sol, é porque ele está a estrear os boxers. Devem ser novos, compra fresca...
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