- back to black -
- ó jóia, benha cá!
- não posso.
- benha cá cagente tem uma coisa pra si. temos o manifesto futurista. é de marca, num é nada roubado! nós queremos o milhor pra si, coisa linda.
- não posso.
- mas já tem, boneca?
- tenho comprado no Le Figaro.
- é fina a menina. esta é fina ó Irene. é só o último axioma fréguesa.
- não, não quero.
- é o último, até lhe faço mais em conta. tamos a bender baratinho e este comé o último... ó Irene, cháma o zé que está ali na carrinha pra marranjar o último. mas ólha, qua bófia num te beja!
- isto é ilegal... eu já tenho...
- é rápido boneca, já qui está. é assim: "Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta."
- é grande. mesmo que quisesse não podia levá-lo embora.
- a gente dá-lhe um saquinho! bá lá fréguesa, é mesmo prácabar. a gente faz isto mais por caridade quaise, num é Irene?
- não, tenho de ir.
- ólha-me esta! ó irene, tu biste esta flausina? deixa-te estar que tens uma cara que parece um implante capilar feito in cása!
- não posso.
- benha cá cagente tem uma coisa pra si. temos o manifesto futurista. é de marca, num é nada roubado! nós queremos o milhor pra si, coisa linda.
- não posso.
- mas já tem, boneca?
- tenho comprado no Le Figaro.
- é fina a menina. esta é fina ó Irene. é só o último axioma fréguesa.
- não, não quero.
- é o último, até lhe faço mais em conta. tamos a bender baratinho e este comé o último... ó Irene, cháma o zé que está ali na carrinha pra marranjar o último. mas ólha, qua bófia num te beja!
- isto é ilegal... eu já tenho...
- é rápido boneca, já qui está. é assim: "Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta."
- é grande. mesmo que quisesse não podia levá-lo embora.
- a gente dá-lhe um saquinho! bá lá fréguesa, é mesmo prácabar. a gente faz isto mais por caridade quaise, num é Irene?
- não, tenho de ir.
- ólha-me esta! ó irene, tu biste esta flausina? deixa-te estar que tens uma cara que parece um implante capilar feito in cása!
1 Comments:
ahahahahahahah
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