- ars longa, vita brevis -
hipócrates
antes e depois ou, "embora separados por vários séculos, Picasso e Rembrandt pintaram – neste caso, desenharam – uma história sobre a vida de Júpiter, ou Zeus, que não é muito conhecida. Antiope era uma semi-deusa ( seu pai era um deus-rei) por quem Júpiter se sentiu muito atraído. Para chegar até ela, assumiu a forma de um fauno e tomou-a violou-a. Quando voltava para casa acompanhada por um tio, que fez questão de também a violar a jovem deu à luz (porque na mitologia estas coisas são mais ou menos rápidas consoante o propósito), dois rapazes gémeos: um era filho de Zeus e outro do tio de Antiope. Mais tarde, numa passagem da vida da ninfa, os próprios filhos perseguiram-na, mas felizmente conseguiu obter protecção junto a um mortal com quem acabou por viver o resto dos seus dias. Nunca se sabe como é que um deus morre, não é? Sabemos como nasce, mas não como morre). Tanto Picasso como Rembrandt pintam a entrada do fauno no leito de Antiope. No caso de Rembrandt o fauno (tens uns pequeninos cornos), levanta o véu e descobre a púbis da ninfa. No caso de Picasso, o fauno é muito mais pronunciado (ele e o seu aspecto sobrenatural ocupam quase a totalidade da composição), e descobre com cuidado a ninfa apenas esboçada, sem grande definição":
Rembrandt van Rijn
Jupiter and Antiope
1659
Pablo Picasso
Faune devoilant une femme dormant
1936
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