- o carteiro –
Quem meus filhos ama, minha boca adoça ou “ganhar a medalha antes de correr:
Os Jogos Olímpicos de Pequim ainda não começaram, mas já há um país vencedor no número de exposições dedicadas: a própria China. Não sei se é para dar um doce ao país anfitrião (convém garantir os melhores lugares se a vitória tiver de ser decidida na secretaria), mas há neste momento uma série vasta de exposições dedicadas à China nos museus mais importantes do mundo. Vamos então lá ver o que este Verão proporciona a quem não pode ir à China e não a quer ver pela televisão:
Em França o Museu Maillol tem patente até 13 de Outubro a exposição “China Gold”, relativa ao trabalho mais provocador dos artistas chineses de hoje. Os trabalhos debruçam-se sobre temas tipicamente chineses como a caligrafia chinesa ou mesmo a paisagem. O interesse por estes artistas advém do valor que as suas obras estão a adquirir no mercado de arte, tornando-se assim os favoritos dos curadores. A exposição mostra apenas um ou dois trabalhos por artista, mas entre pintura, vídeo e fotografia podemos apreciar obras de Ai Weiwei, Feng Zhengjie (que produz retratos kitsch), Wang Guangyi (que retrata o chamado Pop Político) e Yang Shaobin (que retrata faces distorcidas), entre outros.
Na República Checa a Waldstein Riding School apresenta até 2 de Novembro a exposição "Masters of 20th-Century Traditional Chinese Painting From the Collections of the National Gallery in Prague”, onde se pode ver como graças ao trabalho entre os artistas e historiadores checos e chineses se pôde construir uma exibição de qualidade. Os trabalhos de artistas chineses incluem pinturas de Qi Baishi, Li Keran, Lin Fengmian e Xu Beihong, artistas que desenvolveram as suas obras no século passado. Os temas são as paisagens, a figura humana, os insectos, flores e pássaros, bem como exemplos onde estes elementos se cruzam com a tradição e temática ocidental.
A Inglaterra é quase a vencedora das Olimpíadas das exposições já que tem nos seus museus, não uma, mas duas exposições dedicadas à China. Existe uma terceira www.tate.org.uk/britain, mas como era dedicada ao Oriente em geral, achei por bem não incluí-la. Temos então na Dulwich Picture Gallery a exposição "The Lion & the Dragon: Photographs From China, 1903-1905.", patente até 24 de Agosto. O mais curioso desta exposição é que não segue as tendências nem a tentação de mostrar os novos artistas chineses, optando antes por exibir fotografias centenárias da China. São trabalhos que retratam cenas do quotidiano relativas aos anos entre 1898 a 1930, principalmente cenas de trocas comerciais.
O Victoria and Albert Museum (que consegue colocar o “incolocável” em exposição) apresenta até 13 de Julho (é despachar minha gente!) a exposição "China Design Now." Como o nome indica é uma exposição sobre o trabalho dos designers e arquitectos chineses no panorama do design e da arquitectura internacional, da moda e do design gráfico, bem como da fotografia, do cinema e do vídeo. A exposição incide em três focos de explosão da produção nesta área: Pequim e as vicissitudes (efeitos colaterais) da sua transformação em cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos, Xangai e as tendências ao nível do design geradas pela sociedade de consumo e o design gráfico contemporâneo da cidade de Shenzhen conhecida como pólo de desenvolvimento da indústria gráfica.
Já no Canadá, em Toronto, mais concretamente no Royal Ontario Museum e até 26 de Outubro podemos apreciar a exposição "Shanghai 1860-1949: Historical Photographs”, que nos mostra cerca de 80 fotografias que documentam a arquitectura e a forma de vida dos habitantes daquela cidade durante o boom que a mesma sofreu e que fez com que ficasse conhecida como “Paris do Oriente”. E como se uma não fosse suficiente, o mesmo museu apresenta ao mesmo tempo e até 2 de Novembro a exposição "Shanghai Kaleidoscope". É uma exibição que se debruça sobre uma selecção de trabalhos de arte contemporâneos, trabalhos esses que vão desde a arquitectura, à simulação digital com modelos, passando pelo design de vestuário e vídeos de moda, pintura e instalação.
Cá em baixo na Austrália na National Gallery of Victoria poderemos ver a exposição "Moon in Reflection: The Art of Kim Hoa Tram”, mas atenção que é só até 21 de Setembro. É uma exposição que nos fala de Kim, um artista nascido no Vietname e a viver em Melbourne que durante mais de 10 anos praticou o budismo zen. A exibição mostra cerca de 30 pinturas, trabalhos caligráficos e desenhos onde a sua espiritualidade bem como a técnica caligráfica chinesa reflectem a estética própria e experiência transcendental do artista, assim como explora a condição humana.
Na Holanda, em Assen, no Drents Museum podemos ver o imperdível "The Terracotta Army From Xi'an: Treasures of the First Emperors of China” que antes já tinha estado patente pelo menos em Inglaterra. É até 31 de Agosto e mostra o gigantesco exército em terracota do imperador, extremamente bem conservado e feito em tamanho real. A exposição contempla ainda os presentes de ouro, jade e bronze com que o Imperador foi enterrado.
No Groninger Museum e até 28 de Setembro estará em exibição a exposição "Ancient Bronzes: Masterpieces From the Shanghai Museum”, um empréstimo, como o nome diz, do Museu de Xangai. A exposição contempla um conjunto de objectos decorativos como jarras, copos de vinho e sinos, todos eles decorados com motivos florais ou animais com um grau de realismo que vai variando. O mesmo museu apresenta até 26 de Outubro a exposição "Writing on the Wall: Chinese New Realism and Avant-Garde in the '80s and '90s”, bastante diferente da anterior. Reporta-se ao período que sucedeu à morte de Mao Zedong e que foi pontuado por uma nova vaga de pintores chineses que criticaram abertamente a era de Mao. E ainda no Groninger Museu (até 23 de Novembro) poderemos ser brindados com a terceira exposição dedicada à China (a Holanda está empenhada!. É o país com mais exposições dedicadas à China), de seu nome "Ai Weiwei”. Este é o nome do artista em si, nascido em 1957 e que trabalha no campo da performance, da instalação e da arquitectura (é um dos nomes por detrás do projecto de Herzog & de Meuron para o Estádio Olímpico de Pequim) . O seu trabalho é provocador e explora as diferentes faces da identidade cultural e política da China.
Em Singapura, no Singapore Art Museum estará em exibição até 17 de Agosto a exposição "Xu Beihong in Nanyang”. As primeiras duas palavras do título da exposição são o nome do artista. Xu, que esteve durante bastante tempo em França aplica técnicas ocidentais nas suas obras e é uma das figuras mais conhecidas da história da pintura moderna chinesa. A exposição é constituída por 90 trabalhos vindos de colecções públicas e privadas um pouco por toda a parte e inclui o conhecido "The Foolish Old Man Who Removed the Mountains”, baseado numa fábula chinesa.
E agora só falta a América que parece, pela míngua de exposições (só uma!), apostada em ganhar as medalhas no terreno. No entanto o MET apresenta até 10 de Agosto a exposição "Anatomy of a Masterpiece: How to Read Chinese Paintings”. É uma exposição que questiona as obras de arte chinesas e o que faz delas obras de arte. Para isso foram utilizadas fotografias detalhadas, 36 pinturas que retratam a arte chinesa do século XVIII até ao século XVII, incluindo figura humana, temas religiosos, pássaros, paisagens e claro, a caligrafia chinesa.
Ready, Set, Go!
1 Comments:
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