segunda-feira, novembro 05, 2007

- o carteiro -

Valerie Plame, a ex-espia americana da CIA que viu a sua identidade revelada por Lewis ‘Scooter’ Libby, assessor de Dick Cheney numa atitude de vingança face às declarações do marido de Plame que revelavam a falsa justificação das armas de destruição em massa para invadir o Iraque, publicou agora o seu livro “Fair Game”. Libby foi condenado e acabou mesmo por conseguir estar preso durante menos tempo que a própria Paris Hilton graças a um perdão presidencial que muita tinta fez correr. Enquanto governador do Estado do Texas George Bush teve dificuldade em conceder indultos, mas pelos vistos não teve qualquer pejo desta vez. Valerie esteve há pouco tempo no programa de John Stewart e na net já correm excertos de Fair Game. Apesar de a publicação do livro ter sido impedida por uma juíza, o livro sempre saiu para as bancas, mas curiosamente, e como nos tempos da censura (aqui o lápis azul foi substituído na edição escrita por um sublinhado a cinzento), o livro apresenta pedaços cortados. Tudo porque Valerie não podia revelar no livro o que é que fazia durante os anos em que trabalhou para a CIA. Há uma passagem no livro em que a ex-espia descreve como se sente cansada ao chegar a casa depois de um dia de trabalho na ­­­­­­­­­­­­­­­­--------------------------------… Ou seja o nome CIA, a referência a armas de destruição maciça ou ao Iraque foi banida do livro. Note-se que Valerie trabalhava sem cobertura o que quer dizer que se fosse apanhada não teria direito a protecção por parte da CIA e que durante os 22 anos que trabalhou para a Agência, não existiu uma vez que esta não reconhecia a sua existência.