- não vai mais vinho para essa mesa -
aqui ao lado, dá para ver pelos vidros da sala, não há luz acesa. ou os vizinho se deitam cedo ou fazem tudo às escuras. do outro lado, quando me levantei para ir à varanda inspirar um bocadinho, também estava tudo apagado. os caros passam com velocidade que a estrada é propícia a isso e as horas adivinham urgências ou sonos atrasados. a casa não podia estar mais silenciosa: repetem a piada do Jay Leno pela quarta vez, o Dr. Phil aconselha, os telejornais repetem as mesmas notícias desde ontem, o História e o Odisseia desconcentram-me, o People and Arts foi chão que já deu uvas e infelizmente não há Mezzo. não me apetece as meninas sem roupa da MTV; hoje não. Daqui a nada a luz estará desligada e em vez de ouvir no colchão o regimento de cavalaria que antes era o eco do meu coração a bater na escuridão, não de medo mas de outra coisa, agora nada ouvirei. nenhum mal contraído, apenas o hábito, a apatia, uma certa tristeza Poussiniana.
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