TÃO LÍRICOS QUE NÓS ESTAMOS
O Sr. Padre tinha 50 e tal anos, quase 60 e era professor de Religião e Moral da menina que tinha 14 anos. Um dia fomos almoçar juntos: ela comeu arroz de pato e terminou a refeição com gelado de laranja. Ele comeu arroz de pato e por pouco não comia a pata também. Inebriada, deslumbrada com a conversa agradável, a bonita paisagem, a boa comida. E pensava:
[Tudo para mim Senhor? A vossa serva não merece].
Sairam os dois do restaurante e o Sr. Padre insistiu em levá-la a casa, longe, muito longe, tão longe que ela hesitou: "não, não é preciso, é tão longe, vou de comboio".
"Não amor"
[Amor? Mau...]
"eu levo-te. Sobe lá para o jipe."
[Amor?]
enquanto subia para o jipe, formosa e segura de que aquilo ía dar asneira.
[Mas em que é que te foste meter?]
A viagem muito longa tornou-se ainda mais longa porque o jipe seguiu pelo meio do mato. Foi obra de Deus, já que se sabe que os seus caminhos são insondáveis, Ele nos guia pelas suas veredas. Devia ser isso, deviam ser veredas e não mato. Amén!
A mãozinha mole dele na perna hirta dela, ocasionalmente durante a viagem. E ela sempre sem falar, só a pedir a Deus:
[Diz ao teu funcionário para tirar a mão da minha perna.]
Chegados à porta de casa ele desprendeu o cinto de segurança e começou a rezar-me na orelha, com os lábios lá dentro, a salivar-me o pescoço, a tirar a mão mole para o sexo duro a dizer: "toca, toca aqui".
[Não, não quero.]
- "Não, não quero" - respondi com a mão hirta a fazer resistência.
- "Põe aqui a mão, cabra. Põe"
- "Não"
[Ai Deus, faz qualquer coisa. Tira este velho nojento de cima de mim]
Deus deve ter ouvido, e talvez tenha sussurrado ao ouvido do seu funcionário: "Isso é um pecado. Vou fechar os olhos se lhe largares a mão". Ele largou.
- "Vai com Deus" - disse o Sr. Padre.
Eu sai, com Deus ou sem Ele, mas directa à casa de banho para lavar a mão e depois o corpo e por fim a alma se fosse possível.
Às vezes as situações parecem repetir-se na forma, mas no conteúdo, são diferentes. E ninguém percebe isso.
(in, O livro das memórias que se querem esquecidas)
O Sr. Padre tinha 50 e tal anos, quase 60 e era professor de Religião e Moral da menina que tinha 14 anos. Um dia fomos almoçar juntos: ela comeu arroz de pato e terminou a refeição com gelado de laranja. Ele comeu arroz de pato e por pouco não comia a pata também. Inebriada, deslumbrada com a conversa agradável, a bonita paisagem, a boa comida. E pensava:
[Tudo para mim Senhor? A vossa serva não merece].
Sairam os dois do restaurante e o Sr. Padre insistiu em levá-la a casa, longe, muito longe, tão longe que ela hesitou: "não, não é preciso, é tão longe, vou de comboio".
"Não amor"
[Amor? Mau...]
"eu levo-te. Sobe lá para o jipe."
[Amor?]
enquanto subia para o jipe, formosa e segura de que aquilo ía dar asneira.
[Mas em que é que te foste meter?]
A viagem muito longa tornou-se ainda mais longa porque o jipe seguiu pelo meio do mato. Foi obra de Deus, já que se sabe que os seus caminhos são insondáveis, Ele nos guia pelas suas veredas. Devia ser isso, deviam ser veredas e não mato. Amén!
A mãozinha mole dele na perna hirta dela, ocasionalmente durante a viagem. E ela sempre sem falar, só a pedir a Deus:
[Diz ao teu funcionário para tirar a mão da minha perna.]
Chegados à porta de casa ele desprendeu o cinto de segurança e começou a rezar-me na orelha, com os lábios lá dentro, a salivar-me o pescoço, a tirar a mão mole para o sexo duro a dizer: "toca, toca aqui".
[Não, não quero.]
- "Não, não quero" - respondi com a mão hirta a fazer resistência.
- "Põe aqui a mão, cabra. Põe"
- "Não"
[Ai Deus, faz qualquer coisa. Tira este velho nojento de cima de mim]
Deus deve ter ouvido, e talvez tenha sussurrado ao ouvido do seu funcionário: "Isso é um pecado. Vou fechar os olhos se lhe largares a mão". Ele largou.
- "Vai com Deus" - disse o Sr. Padre.
Eu sai, com Deus ou sem Ele, mas directa à casa de banho para lavar a mão e depois o corpo e por fim a alma se fosse possível.
Às vezes as situações parecem repetir-se na forma, mas no conteúdo, são diferentes. E ninguém percebe isso.
(in, O livro das memórias que se querem esquecidas)
2 Comments:
Esta citação tem tanto de real como de genial. Parabéns. Sei do estou a falar.
Esta citação É REAL.
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