CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
A Beluga tem a informar que acabou a leitura de «Em Busca do Tempo Perdido» de Marcel Proust. A leitura dos sete volumes começou em 19 de Março de 2005 e acabou ontem, por volta das 0:10h. Quero por isso fazer alguns agradecimentos:
- Ao Proust, a quem vou voltar a propósito do seu encontro com James Joyce em “How Proust can change your life”, e a propósito de muitas outras coisas (Sodoma e Gomorra, a dissecação da existência, como se pode escrever tão bem…)
- Ao pai, à mãe e ao irmão pelo mecenato desta leitura
- À Fnac por ter patrocinado a maratona
- Às noites de solidão e tristeza porque potenciaram a leitura
- A esta equipa maravilhosa de sonoplastia, som, fotografia, aderecistas, assistentes de câmara, guionistas… (Ok, já estou a delirar, vou parar por aqui com os agradecimentos).
Referir ainda que de facto o nome do narrador é Marcel, embora não saibamos se é Proust. Esta referência ao nome do narrador só surge duas vezes em toda a obra e ambas no V volume, página 69: "«Meu» ou «Meu querido», seguidas em ambos os casos do meu nome de baptismo, o que, dando ao narrador o mesmo nome próprio do autor deste livro, daria:«meu Marcel», «Meu querido Marcel»." E também na página 49 "...me trouxe um bilhete dela a pedir-me que tivesse paciência e com aquelas simpáticas expressões que lhe eram usuais: «Meu caro, meu querido Marcel, chegarei não tão depressa como este ciclista...»".
Deixo-vos com o fim do livro para saberem como é que acaba:
“Mas, ao menos, se tais forças me fossem concedidas pelo tempo suficiente para realizar a minha obra, não deixaria acima de tudo de descrever nela os homens, ainda que tal os fizesse parecerem-se com uns seres monstruosos, uns seres que ocupam um lugar tão considerável comparado com o tão restrito lugar que lhes está reservado no espaço, um lugar de facto desmedidamente prolongado, visto que, como gigantes imersos nos anos, eles atingem simultaneamente épocas tão distantes, entre as quais tantos dias ocuparam o seu lugar: no Tempo.”
“Este é o dia que o Senhor fez. A-leluia, A-le-lui-a! »
A Beluga tem a informar que acabou a leitura de «Em Busca do Tempo Perdido» de Marcel Proust. A leitura dos sete volumes começou em 19 de Março de 2005 e acabou ontem, por volta das 0:10h. Quero por isso fazer alguns agradecimentos:
- Ao Proust, a quem vou voltar a propósito do seu encontro com James Joyce em “How Proust can change your life”, e a propósito de muitas outras coisas (Sodoma e Gomorra, a dissecação da existência, como se pode escrever tão bem…)
- Ao pai, à mãe e ao irmão pelo mecenato desta leitura
- À Fnac por ter patrocinado a maratona
- Às noites de solidão e tristeza porque potenciaram a leitura
- A esta equipa maravilhosa de sonoplastia, som, fotografia, aderecistas, assistentes de câmara, guionistas… (Ok, já estou a delirar, vou parar por aqui com os agradecimentos).
Referir ainda que de facto o nome do narrador é Marcel, embora não saibamos se é Proust. Esta referência ao nome do narrador só surge duas vezes em toda a obra e ambas no V volume, página 69: "«Meu» ou «Meu querido», seguidas em ambos os casos do meu nome de baptismo, o que, dando ao narrador o mesmo nome próprio do autor deste livro, daria:«meu Marcel», «Meu querido Marcel»." E também na página 49 "...me trouxe um bilhete dela a pedir-me que tivesse paciência e com aquelas simpáticas expressões que lhe eram usuais: «Meu caro, meu querido Marcel, chegarei não tão depressa como este ciclista...»".
Deixo-vos com o fim do livro para saberem como é que acaba:
“Mas, ao menos, se tais forças me fossem concedidas pelo tempo suficiente para realizar a minha obra, não deixaria acima de tudo de descrever nela os homens, ainda que tal os fizesse parecerem-se com uns seres monstruosos, uns seres que ocupam um lugar tão considerável comparado com o tão restrito lugar que lhes está reservado no espaço, um lugar de facto desmedidamente prolongado, visto que, como gigantes imersos nos anos, eles atingem simultaneamente épocas tão distantes, entre as quais tantos dias ocuparam o seu lugar: no Tempo.”
1 Comments:
Que alívio !
Afinal era o Proust !
Pela parte que me toca, fico muito "agradecido" pela reprodução do final do livro.
Nós, os homens, te agradecemos, Proust !
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