hoje o meu patrão colocou as duas mãos dele na minha cintura e com um olhar de comiseração disse: "você já viu o seu corpinho mulher? coitadinha". (argumentei com a conversa do costume: "as mulheres não se medem aos palmos".) depois iniciou uma conversa estranha sobre o interesse masculino na minha pessoa, segundo ele, nenhum, a avaliar pelo meu corpo. resumiu-me a um buraco. "vá por mim, é isso que querem de si".
estou sem saber o que escrever
estou sem saber o que escrever
5 Comments:
é triste ver como a pequenez própria contamina o olhar que se tem sobre o mundo.
como somos transparentes, humanitos frágeis... como deixamos que se note tanto para fora o quanto nos odiamos a nós mesmos, o quanto somos incapazes de nos aturarmos a nós próprios; o pior de tudo é quando não o vemos, e colocamos isso sobre aqueles que nos rodeiam. que não têm culpa nenhuma da nossa de-formação interna.
além do mais, há gente que é uma besta.
hoje, primeiro domingo de Maio, é dia da mãe. O buraco de onde saímos todos. Faz-me lembrar uma cena do filme Rob Roy (EUA, 1995), já perto do final. Um miúdo pergunta à mãe, que está novamente grávida: "Como é que ele sai?" A mãe fica embaraçada com a resposta, mas o pai (Rob Roy) ri-se e diz para a mulher: "Vá lá, diz-lhe!" - e para o filho: "...sai da mesma maneira que entrou."
És tu anita?
Não te sabia noctívaga. Beijos
A mim faz-me lembrar "A origem do mundo" do courbet.
A propósito da sua história, lembrei-me de outra. Estava a minha mãe, grávida de mim, a aspirar a casa, quando o meu irmão lhe desliga o aspirador e pergunta "o que é isso que tens na barriga?". Ela respondeu "é uma sementinha que o papá colocou cá dentro". E para acabar com a conversa, antes que se tornasse mais estranho, ligou o aspirador. O meu irmão, não satisfeito, voltou a desligá-lo e perguntou "como é que o papá colocou a semente?". Muito embaraçada a minha mãe respondeu com o que lhe veio à cabeça "ah.... com uma pinça". E voltou a l
ligar o aspirador.
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