quarta-feira, julho 08, 2009

- ars longa, vita brevis -
hipócrates

[1] And the 200 winners are:
A revista ArtNews elaborou a sua lista anual dos duzentos maiores coleccionadores de arte do mundo. No lugar cimeiro Juan Abelló um espanhol com ligações às finanças e à indústria, depois vem o oligarca russo Roman Abramovich e em seguida Barbara and Ted Alfond de Nova Iorque. A lista conta com nomes como Debra e Leon Black, Eli Broad e Edythe L., Ella Fontanals Cisneros ou nomes mais conhecidos como os dos príncipes do Liechtenstein, Damien Hirst e Alicia Koplowitz. Da lista dos duzentos, 106 são dos Estados Unidos, 14 da Alemanha, 13 ingleses, 12 suíços, 9 franceses, 4 de Espanha, 4 de Itália, 4 do Canadá e 4 da Holanda, mas também há bastantes de vários países da América do Sul. A maior parte dos coleccionadores tem preferência por arte contemporânea ou moderna, mas muitos deles adquiriram no último ano arte Impressionista, Pós Impressionista, fotografia, antiguidades, arte chinesa e claro, os grandes mestres.
[2] A opinião e a crítica:
A exposição "Corot to Monet: a fresh look at landscape from the collection" abriu ontem na National Gallery e permanecerá do museu da capital inglesa até 20 de Setembro. Embora o Times não se decida sobre o número de estrelas a dar (avaliação quantitativa), decidiu-se pelo mesmo texto independentemente das estrelinhas (avaliação qualitativa. Será?). O jornal descreve-a como uma exposição agradável, para ver de espírito livre e leve, própria para umas férias. Como tem por objectivo mostrar a forma de pintura en plein aire que os impressionistas praticavam, aproxima muito os visitantes da paisagem fazendo quase como se estes fizessem parte das praias, dos lagos, dos caminhos pelo meio do mato, das conversas junto ao rio, etc... O visitante faz mesmo o papel de turista que tanto viaja no espaço como no tempo, uma vez que as obras presentes recuam um pouco até Itália. Depois de 1830, quando alguns artistas se opunham à pintura ao ar livre, a Escola de Barbizon incrementou de novo o gosto pelo estilo que criou as bases para realistas como Corot e Courbet, e destes para Monet e Renoir. É também o que se chama "fazer mais com menos", pois esta é uma de várias exposições que a National Gallery vai levar a cabo este ano apenas com "prata da casa"; ou seja, o material desde sempre esteve lá, só nunca foi pensado e associado de formas diferentes. E eu gosto disso.
[3] Então!? Madonna, Madonna! Em que outro dia podia ser?:
Eh pá! Eu cá acho que era matá-la. Já, sem piedade. Então não é que a Madonna resolveu dar o seu concerto na Polónia no dia 15 de Agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, que Deus a tenha. Lech Walesa, ex-presidente polaco e ex-líder do Sindicato polaco Solidariedade, ficou de repente pouco solidário e manifestou-se contra o dia escolhido para o concerto tudo porque Madonna já tinha dado provas de gostar de provocar satanicamente os cristãos (isso é tão 80's, Lech!). E segundo Lech Walesa, está a fazê-lo agora, num dia que os polacos dedicam a Nossa Senhora. Mas vamos lá ver: um dia tem 24 horas. Fora aqueles que tiramos para comer, dormir e fazer um xixi, não sobram duas para ver um concerto sem ficar conspurcado com a verve da Madonna terrestre?
[4] Vai tarde, mas vai:
A notícia não é nova, mas também não a li em jornal nem site nacional nenhum e por isso resolvi postá-la. Depois de um perito ter descoberto um retrato de Miguel Ângelo na Capela Sistina, o historiador americano da National Gallery of Art de Washington, Arthur Wheelock, diz achar ter descoberto o primeiro retrato de Rembrandt no quadro de um colega do pintor de nome Jan Lievens. O historiador diz que a figura central do quadro "The Cardplayers" de 1623 é Rembrandt com cerca de 16 anos. A justificação para esta suposição é que a figura supostamente representada por Rembrandt tem semelhanças com um retrato do pintor também da autoria de Lievens (1629) Não é estranho que Rembrandt apareça num quadro de um colega de profissão, mas também um amigo, já que os dois estudaram juntos em Amesterdão na oficina de Pieter Lastman. A ver vamos!