- não vai mais vinho para essa mesa -
todas as terras têm uma farmácia que se chama "Saúde". todas têm uns Bombeiros Novos e uns Bombeiros Velhos. todas têm um cabeleireiro, em decadência denominado, o diminutivo do nome de uma mulher (fatinha, belinha). as mulheres com anéis grandes nos dedos falam com as mãos. as pessos que contam uma discussão que já tiveram fazem-no movendo os objectos de um lado para o outro ("tu sabes como eu sou, não faço mal a uma mosca, mas pá... não admito certas coisas e essa é uma delas" - maço de tabaco da direita para a esquerda da mesa - "e digo-te isto a ti porque somos amigos, mas acho indecente aquilo que ele me fez. não, comigo não" - isqueiro da direita para a esquerda em cima do maço de tabaco - "até te digo mais, volta ele a fazer-me uma destas e eu não sei, nota bem, não sei se não lhe respondo à letra" - porta guardanapos para a direita - "é que ele merece. aquilo não são coisas que se digam nem que se façam. ou está à espera que quê?" - tirar um guardanapo de papel - "ir lá e dizer que coiso sem uma pessoa saber de nada, assim sem mais nem menos" - limpar o açúcar que caiu da chávena - "mas eu... olha para mim... na boa, estou a marimbar-me"). achamos que o outro é que não é civilizado. registamos as nossas compras nas novas caixas de supermercado e não nos pagam por isso nem reclamamos.
2 Comments:
faltou o café central
tem razão sim senhor. e deve ter faltado mais alguma coisa
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