sexta-feira, abril 07, 2006

- ars longa, vita brevis -
hipócrates
O autor do relato de viagem que aqui pela primeira vez se apresenta em tradução portuguesa, nasceu a 2 de Fevereiro de 1767 em Poggenhagen, Hildessheim. Em 1792 é chamado para a Universidade de Reostock na qualidade de professor de Zoologia, Botânica e Química, onde ficará até 1811; em 1797 obtém do duque-reinante de Mecklenburg uma licença de dois anos para acompanhar o conde de Hoffmansegg a Portugal numa viagem que tinha por objectivo o estudo sistemático da flora portuguesa. O relato dela resultante constitui um texto decisivo, num período decisivo, seja para Portugal, seja mais genericamente para a Europa que mais atentamente seguia as movimentações políticas e militares das potências da época. A prová-lo está a tradução dos dois primeiros volumes para inglês, publicados no mesmo ano em que saiu o original alemão, 1801.
Por outro lado, mesmo adoptando uma perspectiva mais limitada espacial e culturalmente, i.e., mesmo quando a leitura a que esta vasta obra é submetida parece mais empenhada em ajuizar do seu valor ou intersse enquanto fonte da historiografia portuguesa, o texto adquire ainda e também uma importância considerável, nomeadamente quando visto no conjunto da literatura (de viagens) europeia que de alguma forma se dedica ou tem por objecto o Portugal da segunda metade do século XVIII.

(Notas de uma viagem a Portugal e através de França e Espanha, Heirinch Friedrich Link)

Um dos colaboradores de Mao Tse Tung dizia que um dos seus grandes defeitos era a crítica constante que fazia ao país. Este é um livro que nos mostra algumas coisas boas do país que temos.