O CARTEIRO
Saturno, Saturno, Saturno!!!!
Saturno era (é) filho do Céu e da Terra e pertencia a uma geração de Titãs. Casou com Rea e adoptou o hábito de comer os filhos quando eles nasciam. Porém, quando Rea dá à luz Zeus, esconde-o e dá a Saturno uma pedra para comer. Mais tarde, já adulto com o seu BI e alguma presunção conferida pela autoridade de ser o Deus dos Deuses, Zeus prende Saturno.
Saturno é um dos planetas mais afastados do Sol neste nosso sistema solar, é desconhecido, hostil, é o astro do saber, da obscuridade e do talento e é também aquele que se encontra preso entre anéis. Digamos que mesmo que Saturno quissesse comer mais, ficar maior, tinha ali aquela “banda gástrica” que não o permitiria sair dos eixos.
Deve ser por esta razão que se liga o carácter melancólico e excêntrico dos artistas a Saturno. Hipócrates já falava dos quatro humores do corpo humano (com isto dá para fazer maravilhas: os quatro rios do paraíso, as quatro idades da vida, os quatro evangelistas, as quatro estações do ano, and so on), humores esses que são a bílis amarela, a fleuma, o sangue, a melancolia ou ‘atra bílis’ (acho eu), Galeno, dos humores e da psicologia. Aristóteles é o primeiro a ligar o humor melancólico ao talento extraordinário dos criadores. Fissino achava que a melancolia se desenvolvia em dois patamares: o da saturnidade e o da inspiração que cria o modelo criativo. Hoje, isto é um dado adquirido: quem cria é tomado de uma melancolia bem vista e potenciadora, mesmo quando é negativa.
Na Idade Média esta forma negativa de criação ligada à obscuridade era mal vista. O Homo-melancolicus foi colmatado também no Renascimento com entretenimentos como a música como acontecia com a música de Farinelli.
Portanto, dêem-nos música ou uma banda gástrica e mandem-nos para o espaço. Alguns Saturnos para ler.
Saturno, Saturno, Saturno!!!!
Saturno era (é) filho do Céu e da Terra e pertencia a uma geração de Titãs. Casou com Rea e adoptou o hábito de comer os filhos quando eles nasciam. Porém, quando Rea dá à luz Zeus, esconde-o e dá a Saturno uma pedra para comer. Mais tarde, já adulto com o seu BI e alguma presunção conferida pela autoridade de ser o Deus dos Deuses, Zeus prende Saturno.
Saturno é um dos planetas mais afastados do Sol neste nosso sistema solar, é desconhecido, hostil, é o astro do saber, da obscuridade e do talento e é também aquele que se encontra preso entre anéis. Digamos que mesmo que Saturno quissesse comer mais, ficar maior, tinha ali aquela “banda gástrica” que não o permitiria sair dos eixos.
Deve ser por esta razão que se liga o carácter melancólico e excêntrico dos artistas a Saturno. Hipócrates já falava dos quatro humores do corpo humano (com isto dá para fazer maravilhas: os quatro rios do paraíso, as quatro idades da vida, os quatro evangelistas, as quatro estações do ano, and so on), humores esses que são a bílis amarela, a fleuma, o sangue, a melancolia ou ‘atra bílis’ (acho eu), Galeno, dos humores e da psicologia. Aristóteles é o primeiro a ligar o humor melancólico ao talento extraordinário dos criadores. Fissino achava que a melancolia se desenvolvia em dois patamares: o da saturnidade e o da inspiração que cria o modelo criativo. Hoje, isto é um dado adquirido: quem cria é tomado de uma melancolia bem vista e potenciadora, mesmo quando é negativa.
Na Idade Média esta forma negativa de criação ligada à obscuridade era mal vista. O Homo-melancolicus foi colmatado também no Renascimento com entretenimentos como a música como acontecia com a música de Farinelli.
Portanto, dêem-nos música ou uma banda gástrica e mandem-nos para o espaço. Alguns Saturnos para ler.
Susan Sontag
Under the sign of Saturn
Rudolf and Margot Wittkower
Born Under Saturn
Klibansky, Panofsky, Saxl
Saturn und Melancholie (existe em francês e em espanhol)
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