TÃO LÍRICOS QUE NÓS ESTAMOS
(Esta imagem já foi postada no Belogue, mas surge agora em outro contexto. Have a nice day.)
Egon Schiele
Embrace (Lovers II)
1917
Osterreichische Galerie, Viena
Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
(Ternura de David Mourão Ferreira in Os Quatro Cantos do Tempo)
(Esta imagem já foi postada no Belogue, mas surge agora em outro contexto. Have a nice day.)
Egon Schiele
Embrace (Lovers II)
1917
Osterreichische Galerie, Viena
Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
(Ternura de David Mourão Ferreira in Os Quatro Cantos do Tempo)
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