segunda-feira, novembro 28, 2005

O CARTEIRO


Jean-Auguste-Dominique Ingres
Bather of Valpincon
1808
Museu do Louvres, Paris



N' "O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago pode ler-se: " a solidão não é o estarmos sós, é não conseguirmos fazer companhia a alguém ou alguma coisa que vive dentro de nós". Depois e antes de "O ano da morte de Ricardo Reis houve "Memorial do Convento" e "História do cerco de Lisboa" (estes dois antes e o último deles, aquele que não tem par). Depois veio "A caverna". O resto é um deserto onde cabem muitos livros do autor, mas onde não está nenhum devido a um factor que considero intolerável na escrita e que se chama, repetição. Estilo sim, repetição é que não.

De facto, mora cá dentro alguma coisa ou alguém que constitui um problema: o que cá vive não paga a renda nem desocupa aquilo que foi ocupando lentamente. Em Direito, isso chama-se usucapião.

E sob essa denominação, aquilo que era apenas um formigueiro matinal e diário, tornou-se agora condição inalienável da vida. Uns dias é apenas uma palavra, outros faz questão de ser forma e conteúdo. Hoje é um desses dias.

Peço aos caros comentadores, anónimos ou não, o favor de relevarem, passarem à frente se o sentimentalismo lhes parecer exagerado e que atentem antes ao todo do Belogue.

Até porque quando eu me dissolver nesta solidão (algo que se prevê para breve dada a forma como a Beluga se está a acabar), dissolve-se também o Belogue. Guardem portanto o melhor e hoje, don't mess with me please, 'cause I'm really pissed off.*

*Não me aborreçam porque hoje não estou nos meus dias.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

JANGADA DE PEDRA.

30/11/05 11:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

JA LEU?

30/11/05 11:22 da tarde  

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