- o carteiro -
este carteiro deveria chamar-se "não vai mais vinho para essa mesa" porque o conteúdo é realmente... de m****. Ou seja, é quase disso e sobre isso. não sei porquê, mas desde pequena tenho um grande interesse por isso. e ainda hoje as piadas sobre cócó fazem-me rir a sério. se na silly season os telejornais podem ocupar horário nobre com selfies dos "famosos", eu também posso escrever sobre estas coisas. Não, não vou falar sobre cócó, mas sobre arte que no fundo é a única coisa sobre a qual acho que percebo um "vocadinho" pequenino. Pois é, venho falar da arte do flato: a fl'Art. Nunca pensaram, principalmente com a pseudo-irreverente arte contemporânea, não é joanica? - que de irreverente tem muito pouco já que se submete até a modelos políticos - que a arte pudesse ir por aí. mas foi. entre 1600 e 1800, mais coisa menos coisa, no Japão (ah, esses ganda malucos!) vivia-se o período Edo período esse marcado pela forte oposição à abertura do país ao Ocidente. Não só por causa disso, por causa da imagem negativa que os japoneses tinham dos ocidentais, mas também por causa dessa imagem negativa, começaram a ser produzidos pergaminhos ilustrados com o He-Gassen ou "Guerra de Flatos". Nestas ilustrações, disponibilizadas pelo Waseda University digital archive, podemos ver a que ponto chegava o humor dos japoneses quando se tratava de troçar dos ocidentais. as guerras de puns podiam mandar um gato pelos ares:
um cavalo:
uma árvore:
e, quer-me parecer, deixava o ambiente irrespirável. mas eles lá estão todos satisfeitos. basta tapar o nariz, munir-se de um abanico e claro, ter propensão para a flatulência.
beijinhos à famílias e boua noitinha.
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