quinta-feira, agosto 30, 2012

- ars longa, vita brevis -
hipócrates

Caro João:
Talvez o João não seja o único leitor do Belogue, mas foi o único que se manifestou quanto aos posts anteriores. Não é que eu esteja à espera de comentários para postar, mas às vezes os comentários dão-me ideias e apesar de pensar que os leitores podem achar estes posts parecidos com os anteriores e por isso aborrecidos, achei também que precisava de dar continuidade ao post sobre "Todas as manhãs do mundo". Isto porque... achei outra imagem do autor que aparece no filme. Trata-se de uma natureza-morta com referência direta aos cinco sentidos. Nela vemos a audição (estimulada pela música), o paladar (estimulado pelo pão e pelo vinho), o tacto (não sei se leva "c", mas que é aqui feito representar pelo tabuleiro de xadrez e pelo jogo de cartas), a visão (espelho e jogo de cartas) e o olfato (flores na jarra). Aquela bolsa verde que se encontra ao centro, parece-me para guardar algo precioso ou com algum valor monetário como gemas ou dinheiro. tenho quase a certeza que os aromas para as senhoras tinham formas diferentes. E quem diz para as senhoras diz para os senhores. estava agora a lembrar-me que ao ler "as benevolentes" uma pessoa percebe que mesmo os oficiais administrativos das SS tinham os seus piolhos. bem, mas o propósito é deixar as imagens. há umas diferenças na luz e no enquadramento do cena, mas acho que isso até torna esta comparação mais bonita. pelo menos para mim. fiquem com aquele-cujo-nome-não-pode-ser-dito-em-vão e não façam nada que eu não fizesse (ui, isso seria muita coisa...!)














Lubin Baugin
Still-life with Chessboard
1630
Musée du Louvre, Paris














Alain Corneau
Tout les matins du monde
1991