quinta-feira, outubro 23, 2008

- o carteiro -
até que enfim, aparecem gajas boas:
caro AM, bem sei que disse não concordar com a arte de género (procurei o link no seu blog, mas não encontrei), mas também é verdade que me deu a ideia para fazer um post sobre mulheres artistas. Acho até que já tinha feito, mas não tão abrangente. Não direi que há uma pintura de género, mas que dado o género se classifica a pintura. Ou a escultura. Se uma mulher artista é marcada, durante o seu percurso de vida ou durante o seu percurso artístico por um incidente (morte de um familiar, violação, doença, relações falhadas, muitas relações amorosas...), e o transpõe para a pintura, como é óbvio que o fará, essa passa a ser a sua característica. Não é a pintura em si que é apreciada, mas a sua vida. Se um homem, como por exemplo Caravaggio mantém relações sexuais com ambos os sexos, não é recordado por esse pequeno aspecto, mas pela obra. Claro que o número limitado de mulheres que tinha acesso a uma carreira artística condicionava e ainda hoje condiciona a forma como a sua carreira é apresentada. Mas não estou a ver, à época a Igreja encomendar um retábulo a Sofonisba e fê-lo sem qualquer impedimento e repetidas vezes a Caravaggio. Ele era, sem dúvida, infinitamente superior a ela! Mas é também claro que por terem uma existência formatada há séculos, as mulheres nunca puderam exercer tão bem quanto os homens a sua actividade artística. E isto não é desculpa, é verdade. Gosto mais das prostitutas de Caravaggio a fazer de Virgens Maria do que dos meninos a brincar da Sofonisba. Basta pensar que ela provavelmente nunca saia de casa sem ser acompanhada e ele nem residência fixa tinha. As experiências acompanharam-nos para o bem e para o mal.
Se situarmos o post no início do Renascimento, altura em que se dá o florescimento das artes e actividades artísticas, proporcionando mais trabalho e desenvolvimento de novos ofícios, vemos que não havia realmente saída para as mulheres que não optassem pelo casamento. (No entanto, antes do Renascimento, algumas mulheres conseguiram tornar-se artistas dentro de portas pois a actividade conventual era propícia aos trabalhos artísticos. Muitas religiosas foram iluministas, e há mesmo o caso de uma escultora, conhecidas e apreciadas). Por mais difícil que seja aos leitores do Belogue, a verdade é que uma mulher saia de casa dos seus pais para casar, para ir trabalhar para outra casa quando a família não tinha posses, para o convento ou então para, segundo a época, se desgraçar. Dou aqui o exemplo de três mulheres. As escolas de humanistas como a de Vittorino da Feltre recebiam tanto raparigas como rapazes, mas era impossível a uma rapariga que demonstrasse interesse prosseguir os seus estudos. Houve duas excepções: Isotta Nogarola e Cassandra Fedele que tentaram ser levadas a sério, mas os homens, mesmo os intelectuais com quem privavam, ficavam tão admirados com a sua inteligência, aliada à graça feminina e à própria feminilidade em si, que as viam como mitos. Não eram levadas a sério. Tanto que quase não tinham com quem trocar ideias. Cassandra Fidele, que uma vez ameaçou deixar Veneza para se tornar qualquer coisa de útil na corte de Espanha, foi impedida porque Veneza queria que ela continuasse a ser qualquer coisa de inútil lá. O terceiro exemplo é o de Cecília Gonzaga, filha do duque de Mântua. Frequentou a escola de Vittorino da Feltre e destacou-se entre os melhores alunos. Tinha vontade para continuar a estudar e era boa nos estudos, o professor apoiava-a, mas foi obrigada a ingressar num convento por se ter recusado a casar com o pretendido, combinado previamente com o pai. Foi escoltada até ao convento pela família e pela cidade. Como podemos ver, todas estas mulheres eram de extractos sociais elevados e como veremos, só vingou no mundo da arte a mulher que fosse oriunda de família com posses e minimamente liberal, ou que fosse oriunda de uma família de artistas onde o "liberal" já está implícito. Darei alguns exemplos de mulheres artistas embora os nomes como Sofonisba sejam escassos uma vez que o número de mulheres artistas era também escasso.
Sofonisba, a Privilegiada (1532-1625) Nascida numa família nobre, tinha ascendência cartaginesa, Sofonisba sempre foi influenciada pelo pai a pintar. Como a mãe morreu cedo, foi ele quem criou as seis raparigas e um rapaz. Das seis raparigas, quatro foram pintoras (fala-se também da sua irmã, Lucia Anguissola), mas Sofonisba foi sem dúvida quem se destacou e quem conseguiu deixar nome e reputação internacional como pintora. Primeiro foi discípula de Campi, o que abriu o precedente de deixar os mestres aceitar alunas. E depois começou a pintar e a relacionar-se com outros pintores como Miguel Ângelo, que lhe enviou alguns desenhos que ela copiou e devolveu para que o mestre pudesse fazer a sua crítica e já no fim da sua vida foi visitada pelo ainda jovem Van Dyck que dela recebeu conselhos e um desenho (que hoje se encontram entre os apontamentos do artista). Para além de ter sido uma pintora prolífica (existem cerca de 50 obras que lhe são atribuídas), foi uma das primeiras a destacar-se como retratista, algo que fazia muito bem, pois compreendia exactamente a importância da posição dos dedos das mãos do retratado, que indicavam a sua condição social.

Sofonisba Anguissola
Self Portrait
1554
Kunsthistorisches, Viena

Lavinia Fontana, a Esquecida (1552-1614) Esta pintora recebeu formação do seu pai Próspero (como vemos, mantém-se a matriz: uma mulher artista ou nasceu numa família abastada, ou nasceu numa família com tradição artística). Próspero Fontana era um artista já conhecido e com algum sucesso em Roma e Florença. Seria talvez um pintor sem conflitos e por isso a razão do seu sucesso, mas também a razão do seu trabalho ser hoje desconhecido. Lavinia foi conhecida pelas suas pinturas de temas religiosos, mas a fama chegou quando resolveu enveredar pelo retrato de senhoras bolonhesas da nobreza. Quem melhor que uma mulher para compreender outra mulher? Um homem, claro! Neste caso Lavinia teve sucesso porque compreendia o valor dado pelas mulheres aos seus adereços (em brasileiro, quando uma mulher se arranja, se "produz" diz-se que ela está "toda montada", o que faz sentido porque quando chegam a casa desmontam-se: tiram as pestanas falsas e as pinturas da cara, tiram as unhas postiças e os acrescentos de cabelo, tiram os saltos altos e ficam desmontadas) e porque sabia que todo o cerimonial e importância dada ao penteado, às jóias, ao olhar, aos adereços, ao vestido, fazia parte da condição de ser mulher. Sabia que a mulher não estava montada, mas estava escudada. Enquanto Sofonisba teve o mérito de ser a primeira mulher pintora a atingir êxito internacional, Lavinia foi a primeira mulher em Bolonha a conseguir singrar na arte e talvez tenha sido mais profícua que Sofonisba porque são-lhe atribuídas cerca de 135 pinturas. Mas o mais importante é que Lavinia conseguiu aquilo que até aí estava destinado aos homens. Enquanto um homem recebia encomendas públicas e privadas, uma mulher só recebia encomendas privadas: o retrato de uma amiga da família, uma pintura para a sala do senhor não-sei-quê... A partir de Lavinia as mulheres passaram a receber tanto encomendas públicas, como encomendas privadas, e isto inclui a Igreja, sim senhor, que era avessa a outro papel para a mulher que não o de mãe ou de prostituta.

Lavinia Fontana
Self-Portrait at the Spinet
1577
Accademia di San Luca, Roma

Artemisia Gentileschi, a Revoltada (1593-1651) Artemisia, como podem deduzir pelo apelido era filha do conhecido pintor Orazio Gentileschi e foi com o pai que aprendeu a pintar, em Roma onde nasceu. Há um aspecto da sua vida que marca a arte de Artemisia e que não podia deixar passar em claro, apesar de me opor à ideia de que as mulheres artistas levam para a arte tudo o que vivem, porque penso que isso também acontece com os homens artistas. No entanto, enquanto aprendia com o pai, Artemisia foi violada por um discípulo do pai, Agostino Tassi, quando tinha 19 anos. O pai de Artemisia, processou Tassi, mas num processo algo estranho, quem acabou torturada e "inspeccionada" nas "partes baixas" (para se provar a violação, dizem) foi ela e ele foi dado como inocente. Seja qual for a verdade, nos seus quadros há uma violência e uma revolta principalmente em obras que geralmente não levantariam qualquer polémica se pintadas por homens. Dois exemplos disso na sua pintura: Judith Beheading Holofernes e Susanna and the Elders. No primeiro quadro vemos como Artemisia pinta Judite, com toda a frieza a cortar a cabeça a Holofernes, o que até pode ter sido terapêutico para Artemisia. Já no caso de Susana e os Velhos, era concentrou-se na vulnerabilidade da mulher nua cujo banho foi interrompido por dois velhos que a violaram. Ora, a mesma cena contada inúmeras vezes por pintores concentra-se no momento em que Susana descobre que está a ser observada, ou mesmo quando é surpreendida pelos velhos, mas sempre de um ponto de vista sensual e talvez, masculino. Artemisia foi considerada a Caravaggio feminina por seguir o mesmo tipo de pintura de sombras de Caravaggio. De Roma, e um mês após o processo, mudou-se para Florença e foi aí que conseguiu alguma calma e sucesso para prosseguir com as suas pinturas, chegando a receber o apoio da família Médicis. E (tcharan!), em 1616 foi aceite na Academia de Desenho, apesar da pouca frequência feminina e nenhuma aceitação por parte dessas instituições. Em seguida foi viver para Nápoles, e viveu até ao fim dos seus dias a pintar graças a encomendas de retratos e temas religiosos

Artemisia Gentileschi
Self-portrait as a Female Martyr
1615
Colecção Privada

Josefa d'Óbidos, (1630-1684) Josefa d'Óbidos nasceu Josefa de Ayala, em Sevilha, embora o pai fosse português (razão pela qual a adoptámos). Foi graças ao pai que também era pintor, de seu nome Baltasar Gomes Figueira, que Josefa começou a pintar. Depois de permanecer algum tempo em Espanha, veio para Portugal onde conduziu a sua vida e carreira como pintora. Foi sua opção de vida nunca casar ou ter filhos (nessa altura uma coisa não acontecia sem a outra). Apesar de a conhecermos bem dos seus cordeiros místicos, era na realidade bastante versátil, indo das naturezas-mortas aos retratos, temas religiosos e alegorias.

Josefa d'Óbidos

Mary Cassatt, a Calma (1844-1926) Mary Cassatt que não nasceu numa família de pintores, mas numa família norte americana abastada, desde cedo teve de enfrentar a oposição familiar face à sua escolha artística. Mas tinha do seu lado o facto de ser uma família abastada e durante a sua adolescência Mary pôde viajar pela Europa e tomar contacto com as obras dos grandes Mestres. Mesmo com a oposição do pai, a pintora foi estudar para a Academia de Belas Artes de Filadélfia, mas não agradada com a forma como as mulheres eram postas de parte e após nova discussão com o progenitor, mudou-se para Paris com uma corte composta pela família. Já em Paris teve aulas particulares e decidiu-se a pintar no Louvre juntamente com muitos outros artistas que tinham autorização do museu para o fazer. Era muito raro aceitarem mulheres. Esse espaço, pelo grande número de artistas lá presente, era um espaço de troca de ideias e privilegiado para fazer novos conhecimentos. Ela distingue-se dos outros porque apesar da sua formação clássica, teve sempre uma visão própria da arte, embora profundamente influenciada pelo Impressionismo. Aliás, Degas abriu uma excepção e convidou-a para expor junto dos homens no Salão dos Impressionistas. E se hoje virem as colecções dos museus americanos, elas têm uma parte considerável de obras impressionistas pois Cassatt estabeleceu a ponte entre Paris e Nova Iorque no que à arte diz respeito. Apesar dos seus temas tão maternais, apesar de retratar cenas familiares e de ter revisto o quotidiano feminino na pintura, Mary Cassatt nunca casou e não teve filhos, o que quer dizer que podemos pintar mesmo o que não conhecemos.

Mary Cassatt
Self Portrait
1880
National Gallery of Art

Berthe Morisot, a Burguesinha (1841-1895) Sem nenhum sentido depreciativo, o cognome a burguesinha aparece aqui (os cognomes foram dados por mim e correspondem a ideia com que fiquei das artistas e da obra delas) pois Berthe nasceu no seio de uma família francesa liberal e culta da burguesia. Não possuía ligações privilegiadas, mas chega à pintura pela mão de Corot. Quando expôs no Salão de 1867 as suas obras impressionaram Manet que lhe faz a proposta: e que tal posar como modelo para Le Balcon? Curioso é que Manet não lhe pede "e que tal dares a tua opinião sobre as minhas obras". Ele convida-a para ela fazer o seu papel de mulher, não o de pintora. Seja como for, não é com Manet que Berthe se encanta, embora o tenha encantado na forma como posou, mas sim com o irmão de Manet, Eugene, com quem acabaria por casar. Berthe é um pouco o contrário de Mary: Mary gostava de viajar, opôs-se à família, nunca casou e teve algum sucesso. Berthe casou, era dedicada à família, pintou a maternidade e a infância a pastel e aguarela, nunca deixava a sua casa, nunca encontrou interesse para além daquilo que estava ao seu alcance e as críticas ao seu trabalho não eram muito favoráveis e o sucesso comercial nunca chegou.

Edouard Manet
Berthe Morisot
1872
Colecção Privada

Camille Claudel, a Injustiçada (1864-1943) Relativamente a Camille Claudel, o que vou escrever aqui vai contra tudo o que se pode ler sobre ela. Chamei-lhe a injustiçada porque vai ficar para sempre, excepto em alguns meios, associada a Rodin como a discípula que mais tarde se tornou amante e que enlouqueceu. Mas a verdade é que Camille tinha aquilo que poucas tinham e que Rodin tinha em défice relativamente a ela: talento. Apesar de não pertencer a uma família abastada nem com raízes artísticas, todos os irmãos Claudel foram artistas: Paul Claudel foi escritor, Camille foi escultora e Louise foi música. Em criança teve poliomielite, mas sobreviveu e acabou por se tornar numa mulher muito bonita. Quando foi para Paris, incentivada pelo pai, para estudar escultura teve como mestre Auguste Rodin. Ao contrário do que é dito na Wikipédia, Rodin não era um génio. Em jovem tinha tido dificuldades de aprendizagem (a escrever e a ler) e tinha de fazer um grande esforço para compreender o que lhe era ensinado. Nada isto impedia Rodin de ser no futuro um bom escultor, um excelente escultor, mas se é verdade que um artista não se faz só na escola, também é verdade que Rodin foi recusado por três vezes na Escola de Belas Artes em Paris. Camille era tudo o que ele precisava: como tinha grandes dificuldades em acabar as obras, Rodin aproveitou o grande talento de Camille para esculpir mãos e pés (as partes mais difíceis de desenhar do corpo humano). Tanto que, numa exposição organizada por Rodin com obras de Camille ela teve tal sucesso que ele mesmo se encarregou de afastá-la da ribalta. E o que é ideal para isso? Torná-la submissa, tê-la por perto, fazer dela sua amante (o que não era um sacrifício porque ela era talentosa e bonita). No entanto Rodin nunca largou em definitivo a sua companheira Rose Beuret. Quando finalmente se decide, Rodin decide-se por Rose, o que deixa Camille arrasada. Ela adorava-o (apesar de ter que trabalhar para ele e para a coroa de louros dele) e tinha deixado a família para ir viver com ele. Passou maus momentos a que alguns chamaram loucura, mas que acho perfeitamente compreensíveis. Esteve num hospício onde pôde continuar o seu trabalho, mas acabou perseguida pelos fantasmas da sua vida com Rodin. Sentia que ele se ia apoderar das suas obras quando ela morresse. Sentia que ele já podia fazer isso pois era um artista consagrado e ela, não obstante as críticas muito favoráveis, o imenso talento reconhecido, era tido como uma louca preterida. Não estava longe da verdade com este medo de que Rodin se apoderasse das obras. Há obras que ainda hoje estão a ser "re-atribuídas" pois pensava tratar-se de originais de Rodin, mas foram na realidade realizadas por Camille.

Camille Claudel

Frida Kahlo, a Rebelde (1907-1954) A história de Frida Kahlo é conhecida de toda a gente. Se não viram o filme, foram ver a exposição no CCB. Além disso o filme era com a Salma Hayek, por isso toda a gente foi ver. Não posso dizer muito que o filme não tenha dito já: nasceu no México, mas aos quinze anos foi vítima de um acidente no eléctrico onde seguia. Foi de tal forma violento que durante 29 anos foi submetida a 35 operações (chiça!) e apesar de ter conseguido levantar-se da cama alguns anos mais tarde, sofreu sempre muito com as dores. Isso marcou a sua pintura, tanto a dor física quanto a dor psicológica, bem como a mágoa de não poder ter filhos. Mas o que a torna especial é que ela combina o folclore mexicano com aspectos e simbolismos da religião católica, mais até, a meu ver, do que a sua relação com Rivera. Se é certo que ele a traiu, ela não devia ser mulher de se ficar e deve ter dado a mesma paga.

Frida Kahlo
Self Portrait with Necklace
1933
El Museo del Barrio

Tamara Lempicka, a que teve mais sorte que juízo (1898-1980) Está certo, não é um bom cognome e é injusto face às outras pois baseia-se na vida sem preocupações de Tamara. As suas antecessoras, algumas, também levaram vidas muito simples, mas Tamara Lempicka irrita-me pelo seu estilo e por ter pintado sem sair do seu meio. Veio de uma família polaca rica e não teve grandes problemas na vida excepto quando o seu marido foi detido, mas a influência de Tamara fizeram a vez da diplomacia. Foi para Paris onde estudou com Maurice Dennis e chegou a expor. Nos seus quadros fala abertamente da sua bissexualidade e da sua atarefada vida social, o que me irrita um pouco. Sinto-a como uma pintora mais preocupada em expor, para o comum dos mortais, um mundo de luxo e luxúria ao qual não teremos acesso, um mundo estranho, bizarro, de liberdades sexuais inimagináveis na altura, do que em evoluir. A verdade é que nunca saiu do tema e do estilo já aqui descrito por “Picasso encontra El Greco no Chrysler Building”.

Tamara de Lempicka
Self Portrait
1925
Colecção Privada

Muitos nomes ficaram por referir. Esta pequena lista que se segue é apenas um apontamento. Sei que nem nesta lista é feita justiça pois não é uma lista compelta:

Properzia de Rossi (1490-1530), Barbara Longhi (1552-1638), Rosalba Carriera (1675-1757), Angelica Kauffmann (1741-1807), Marie Louise Élisabeth Vigée-Lebrun (1755-1842), Marguerite Gérard (1761-1837), Anna Claypoole Peale (1791-1878), Julia Margaret Cameron (1815-1879), Rosa Bonheur (1822-1899), Lilly Martin Spencer (1822-1902), Eva Gonzales (1849-1883), Cecilia Beaux (1855-1942), Florine Stettheimer (1871-1944), Sonia Delaunay (1885-1979), Georgia O'Keeffe (1887-1986), Barbara Hepworth (1903-1975), Maria Elena Vieira da Silva (1908-1992), Louise Bourgeois (1911), Meret Oppenheim (1913-1985), Diane Arbus (1923-1971), Niki de Saint-Phalle (1930-2002), Hilla Becher (1934), Paula Rego (1935), Susan Hiller (1940), Rebecca Horn (1944), Barbara Kruger (1945), Marina Abramovic (1946), Sherrie Levine (1947), Mona Hatoum (1952), Nan Goldin (1953), Cindy Sherman (1954), Kiki Smith (1954), Rineke Dijkstra (1959), Catherine Opie (1961), Sarah Lucas (1962), Pipilotti Rist (1962), Rachel Whiteread (1963), Tacita Dean (1965), Elizabeth Peyton (1965), Vanessa Beecroft (1969), Jenny Saville (1970)

5 Comments:

Blogger João Barbosa said...

confesso que não consegui ler tudo, porque hoje não me deixam em paz... todavia deu para me nascer uma ideia: já pensou em mestrado ou doutoramento. se eu fosse editor livreiro convidava-a a publicar esteas belas postas.
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prometo ler o resto quando chegar a casa

23/10/08 2:21 da tarde  
Blogger BadToTheBone said...

Bravo! Belíssimo post!

23/10/08 2:24 da tarde  
Blogger AM said...

mt obg
mt honrado (pela parte que me "toca")
quanto ao resto e aos costumes partilho das palavras do outros comentadores
a beluga merece o maior sucesso e as maiores felicidades

23/10/08 11:00 da tarde  
Blogger Belogue said...

não levem a mal, mas deixem-se disso. eu não tenho jeito para elogios (como os maus actores, fico sem saber onde meter a mãos)

27/10/08 12:53 da manhã  
Blogger dandyboy said...

e se justiça houver, justiça será feita, e mais tarde ou mais cedo, o seu talento será reconhecido!

Não tenho a menor dúvida sobre isso.

P.S: Não me esqueci de si, nem do seu pedido.
Vou tentar ligar hoje e estou a tentar accionar uns contactos na Embaixada de França.

beijo

Ed

28/10/08 10:23 da manhã  

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