- o carteiro -
Agora que os candidatos anunciaram os seus vices e sendo um desses vices, e sendo essa mulher uma republicana, a comunicação social já começou com os julgamentos públicos. Assim como há quem defenda que Obama não pode ser presidente por ser negro e por ter um nome parecido com Osama, há quem já tenha investigado o passado de Sarah Palin, a governadora do Alasca escolhida pelo candidato republicano para a vice-presidência. Todos nós erramos e emitimos juízos dos quais nos arrependemos, mas nesta luta não há misericórdia para com os incoerentes, os ignorantes nem para com os intolerantes.
Intolerantes:
Convicções são convicções, é certo, mas ser taxativo numa matéria tão delicada e em termos ainda mais delicados, é intolerância. Em Novembro de 2006 a agora candidata a vice-presidente dos Estados Unidos, afirmou num debate com outros candidatos a governador do Alasca que não aceitava nem apoiaria o aborto de uma filha, mesmo que a gravidez fosse fruto de uma violação. Palin afirmou que o único caso que toleraria seria o de estar em causa a vida da mãe. O que não deixa de ser estranho e até inconsequente uma vez que à data a filha de Palin era menor, tinha catorze anos e o Alasca apresenta uma média de violações e partos resultantes desse acto 2,2 valores acima da média nacional. Palin, que apoia um grupo chamado Feminists for Life referiu que ela "adamantly supported our cause since I first understood, as a child, the atrocity of abortion." Agora que Palin cresceu talvez fosse bom ver isto sob o ponto de vista de uma mulher. A candidata também apoia o fim dos programas de educação sexual, que considera explícitos, e mantém a sua opinião de que só a abstinência sexual pode reduzir o número de casos de Sida. Amor, coisa linda, mudar de opinião não significa ficar sem ela!
Ignorantes:
Utilizar a esposa ou o esposo para fazer campanha por nós, não é boa ideia. Principalmente quando a esposa é a brilhante Cindy McCain. Ontem numa entrevista matinal (devia ser por isso!) à ABC, e quando inquirida sobre a falta de experiência em segurança nacional de Sarah Palin, Cindy McCain respondeu que não se podia colocar de lado o facto de o Estado do Alasca, o estado que Palin governa, fazer fronteira com a Rússia. (Isso, duas pastilhas “Super Gorila” de menta e a perna de Sarah a acenar é o suficiente para manter a América segura). Amor, coisa linda, Cindy querida, portanto: América e Rússia; mas se deres a volta pelo outro lado do globo, vais encontrar mais terra. É tudo uma questão de começar!
Incoerentes:
Em 2006 não havia para McCain um plano de fuga, um plano B. O plano B era a vitória. A ideia de um plano B era uma ideia democrata que a Administração Bush não apoiava e McCain, que nunca foi o preferido dentro do partido, também não. Em Dezembro desse ano, quando a guerra vivia um momento muito crítico (como se a guerra em si não fosse crítica!), Sarah Palin foi interrogada pelo Alaska Business Monthly sobre o que achava acerca da guerra no Iraque uma vez que muitos habitantes do Alasca tinham sido enviados para a guerra. Concordava a governadora com Bush. Palin respondeu que não estava muito a par do que estava a acontecer no Iraque, que tinha andado mais concentrada nos assuntos do seu estado, mas que acompanhava pelas notícias o desenrolar dos acontecimentos e que apesar de apoiar o presidente e a administração, queria saber se havia um plano de retirada em segurança para as tropas. Não havia plano de segurança e McCain opôs-se ao esboço de um. Amor, coisa linda, a gente não pode ter ao nosso lado alguém de quem discorda tão radicalmente quando as vidas dos outros estão no tabuleiro. Como é que vão fazer depois? Moeda ao ar?
Intolerantes:
Convicções são convicções, é certo, mas ser taxativo numa matéria tão delicada e em termos ainda mais delicados, é intolerância. Em Novembro de 2006 a agora candidata a vice-presidente dos Estados Unidos, afirmou num debate com outros candidatos a governador do Alasca que não aceitava nem apoiaria o aborto de uma filha, mesmo que a gravidez fosse fruto de uma violação. Palin afirmou que o único caso que toleraria seria o de estar em causa a vida da mãe. O que não deixa de ser estranho e até inconsequente uma vez que à data a filha de Palin era menor, tinha catorze anos e o Alasca apresenta uma média de violações e partos resultantes desse acto 2,2 valores acima da média nacional. Palin, que apoia um grupo chamado Feminists for Life referiu que ela "adamantly supported our cause since I first understood, as a child, the atrocity of abortion." Agora que Palin cresceu talvez fosse bom ver isto sob o ponto de vista de uma mulher. A candidata também apoia o fim dos programas de educação sexual, que considera explícitos, e mantém a sua opinião de que só a abstinência sexual pode reduzir o número de casos de Sida. Amor, coisa linda, mudar de opinião não significa ficar sem ela!
Ignorantes:
Utilizar a esposa ou o esposo para fazer campanha por nós, não é boa ideia. Principalmente quando a esposa é a brilhante Cindy McCain. Ontem numa entrevista matinal (devia ser por isso!) à ABC, e quando inquirida sobre a falta de experiência em segurança nacional de Sarah Palin, Cindy McCain respondeu que não se podia colocar de lado o facto de o Estado do Alasca, o estado que Palin governa, fazer fronteira com a Rússia. (Isso, duas pastilhas “Super Gorila” de menta e a perna de Sarah a acenar é o suficiente para manter a América segura). Amor, coisa linda, Cindy querida, portanto: América e Rússia; mas se deres a volta pelo outro lado do globo, vais encontrar mais terra. É tudo uma questão de começar!
Incoerentes:
Em 2006 não havia para McCain um plano de fuga, um plano B. O plano B era a vitória. A ideia de um plano B era uma ideia democrata que a Administração Bush não apoiava e McCain, que nunca foi o preferido dentro do partido, também não. Em Dezembro desse ano, quando a guerra vivia um momento muito crítico (como se a guerra em si não fosse crítica!), Sarah Palin foi interrogada pelo Alaska Business Monthly sobre o que achava acerca da guerra no Iraque uma vez que muitos habitantes do Alasca tinham sido enviados para a guerra. Concordava a governadora com Bush. Palin respondeu que não estava muito a par do que estava a acontecer no Iraque, que tinha andado mais concentrada nos assuntos do seu estado, mas que acompanhava pelas notícias o desenrolar dos acontecimentos e que apesar de apoiar o presidente e a administração, queria saber se havia um plano de retirada em segurança para as tropas. Não havia plano de segurança e McCain opôs-se ao esboço de um. Amor, coisa linda, a gente não pode ter ao nosso lado alguém de quem discorda tão radicalmente quando as vidas dos outros estão no tabuleiro. Como é que vão fazer depois? Moeda ao ar?
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