- o carteiro -
1/3 de sala para o Matisse para aquele senhor de casaco verde. e vai uma, e vão duas e vão três:
O quadro é bom, foi vendido por 33.64 mil dólares, mas a sala estava vazia. E quem ficou com ele, fê-lo por telefone. Eu compreendo que uma obra de arte que hoje é um investimento de futuro seja visto pelos predadores como um atractivo para um assalto bem feito, um resgate, etc. Antes possuía-se um carro, passeava-se a roupa, mas hoje compram-se quadros por telefone ou mesmo pela Internet.
O leilão da Christie’s onde se vendeu o "L'Odalisque, Harmonie Bleue" de Matisse, muito falado, disponibilizou aqui, o software necessário para assistir ao leilão pelo computador, sem sair do conforto do lar e sem necessidade de se registar ou revelar a sua identidade. Não admira portanto que a sala estivesse meia vazia. Ou meia cheia, depende da perspectiva, a dois terços de estar completa. E no entanto, a bolha continua a crescer: nunca um Matisse atingiu um preço tão alto, os compradores americanos apesar da queda do dólar foram aqueles que mais participaram (48.5% americanos, 24% europeus, 3% asiáticos, 1.5% russos, 1.5% latino-americanos e 21.5% de outros países.), dos 91 trabalhos a leilão apenas 19 não foram vendidos, o que é um resultado positivo se tivermos em conta as vendas no último leilão e os preços estimados foram superados. Mas onde é que anda esta gente?
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