-não vai mais vinho para essa mesa -
Quando chegou encaminhou-se para o táxi. “For X?”, perguntou um senhor moreno de camisa aberta até ao umbigo e com a pilosidade a espontar do “V” do peito num inglês macarrónico. O calor justificava o despudor. “Yes, please. Thank you”, agradeceu quando o homem pegou na mala e a colocou no porta bagagens. Subiu em seguida para o banco da frente o que deixou o taxista muito perturbado. “So, you’re here alone?”, “Yes I am. All by myself”. Do lado esquerdo, o mar azul parker, e do direito, montanhas cor de fogo, de um vermelho que cegava e fazia tudo parecer mais quente ao longo de 35 minutos de viagem. “Why?”, perguntou de novo o taxista a tirar os olhos da estrada e a olhar para o objecto da sua pergunta.
[olha para a estrada. Olha para a estrada e não me faças perguntas embaraçosas.]
“I dont’ know why! Sometimes you just need to be alone. Others, you don’t have a choice.”, “Don’t you have a boyfriend?”
[oh man! Knock it off.]
“And a husband? Do you have a busband? I bet you have a husband and you’re angry with each other, so he didn’t came.”
[como a tua ficção ultrapassa a realidade, homem! Até seria engraçado ter um husband, ficar angry com ele e vir para aqui.]
Sorriu. “No, I don’t have a boyfriend or a husband.”, “So you are really all by yourself here?” A revirar os olhos com enfado: “Yes I am.” “Remember this: you’re not gonna leave this place without a boyfriend.”
[não me parece. Não há em mim qualquer capacidade para amar.]
[olha para a estrada. Olha para a estrada e não me faças perguntas embaraçosas.]
“I dont’ know why! Sometimes you just need to be alone. Others, you don’t have a choice.”, “Don’t you have a boyfriend?”
[oh man! Knock it off.]
“And a husband? Do you have a busband? I bet you have a husband and you’re angry with each other, so he didn’t came.”
[como a tua ficção ultrapassa a realidade, homem! Até seria engraçado ter um husband, ficar angry com ele e vir para aqui.]
Sorriu. “No, I don’t have a boyfriend or a husband.”, “So you are really all by yourself here?” A revirar os olhos com enfado: “Yes I am.” “Remember this: you’re not gonna leave this place without a boyfriend.”
[não me parece. Não há em mim qualquer capacidade para amar.]
“I’ll keep that in mind.”
4 Comments:
incapacidade para amar, é coisa que não existe, cara beluga
Am:
Achei cá dentro dois pulmões, dois rins, três anzóis, uma bigorna, e quase uma próstata. Mas capacidade de amar é que não.
a culpa é da maldita prosca!
Um caso (um corpo) para a ciência! :)
É claro que procurar por entre esse orgãos todos (e uma bigorna, que porcaria) também não ajuda nada. :)
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