segunda-feira, abril 25, 2022

- o carteiro -

não sei se já postei isto. [já há uns anos que não controlo este blog: a quantidade de posts é tão grande que eu perdi o fio à meada. e não há planos para gravar até porque não faço ideia como posso fazer o backup de um blog]. mas andei a pesquisar por "Joshua Reynolds" e "obelogue" e não obtive resultados compatíveis com o que segue abaixo, pelo que vou arriscar. 
antes e depois ou como "ó" que parece deu a preguiça ao John Singleton e ele não esteve com meias medidas: como para quem era bacalhau bastava, tomou o modelo de uma pintura de Joshua Reynolds, mudou-lhe a cabeça e apresentou a este membro da realeza - provavelmente quem encomendou o quadro - um photoshop século XVIII. é que nem se deu ao trabalho de pintar outro cãozinho; mudou a cor do casaco e seguiu para bingo. e eu vou ali fazer uma coisa e volto já.

Joshua Reynolds
Caroline, Duchess of Marlborough
1758-1762
Goodwood House














John Singleton
Portrait of Mrs Bowers
1763
Metropolitan Museum, Nova Iorque



2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estava eu a afiar o meu lápis para estudar um Rubens e veio a Beluga inquietar-me com este post.  
A geometria da rosa é a espiral , ou seja, as pétalas duma rosa organizam-se segundo uma espiral que parte do centro e vai desenrolando para o exterior. Isto é quase uma evidência para quem alguma vez tenha estudado uma rosa.
A espiral é uma curva muito dinâmica porque parece não ter principio nem fim. É um bom símbolo para a constante transformação do mundo, do eterno devir, como já diziam os primeiros filósofos gregos. O símbolo do tao é também baseado na espiral e  é um permanente  interpenetrar do Yin e do Yang, dos contrários.
Parte da graça da pose de  Lady Caroline está no facto de ter a espiral como geometria. Começa na mão  esquerda, "classicamente" apoiada sobre a espiral rigorosamente desenhada no topo do braço do canapé e remata  no movimento  circular da cabeça, que roda sobre um eixo ligeiramente oblíquo, alinhado exactamente para o braço do canapé, onde começou a espiral.
O braço direito por seu lado, permanece algo rígido, preso que está sob a pata do cão e "fixado" ao eixo vertical  da pintura. Yin e Yang, luz e sombra, portanto.
Mas o que me  mais me entusiasmou e me fez  compartilhar este comentário foi a rosa  no decote de Lady Caroline; estranhamente  decaída, apontando para baixo,  como que morrendo para entrar  novamente na espiral do eterno devir.
Hummm....Interessante este Reynolds.  Tantos recursos...Deve ter lido Heráclito de Éfeso, "O obscuro".

30/4/22 3:29 da tarde  
Blogger Belogue said...

Ah... eu estava a pensar noutra coisa.

1/5/22 9:24 da tarde  

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