segunda-feira, abril 18, 2022

- o carteiro -

O Hogarth tinha um cão. O cão tinha nome. Chamava-se Trump. E o Hogarth gostava tanto dele que quando o animal desapareceu o pintor colocou um anúncio no jornal a fornecer uma recompensa a quem encontrasse Trump. Não parece, mas era um pug (talvez tenham modificado a raça com o tempo). E era um pug que não devia ter os dentes todos, pois não conseguia segurar a língua na boca como podemos ver no conhecido ao retrato do pintor com Trump: 












William Hogarth
The Painter and his Pug
1745
Tate Gallery, London

Hogarth devia gostar muito de cães pois incluía sempre estes animais nos seus quadros. E devia gostar em particular do seu, de Trump, pois incluía-o não só nos auto-retratos, como nos retratos dos outros. Eis Trump na pintura do gabinete do Capitão Lord George Graham:

William Hogarth
Captain Lord George Graham in his cabin
1745
National Maritime Museum, London


William Hogarth
Captain Lord George Graham in his cabin (pormenor)

E Trump no retrato da família Strode:

William Hogarth
The Strode Family
1738
Tate Gallery, London


William Hogarth
The Strode Family (pormenor)

Eis Trump na série A Rake's Progress. Desta vez na gravura que deu origem ao quadro número 5 desta série, quadro esse que não é possível reproduzir com resolução porque se encontra na "Casa Museu" Sir John's Soane:

William Hogarth
A Rake's Progress: The Rake Marrying an old woman
1735
Sir John's Soane Museum, London


William Hogarth
A Rake's Progress: The Rake Marrying an old woman (pormenor)


Eu não tenho um cão, não posso. Tive uma cadela setter irlandesa; a Maggie. E assim aconteceu.