- o carteiro -
não sei se já postei isto. [já há uns anos que não controlo este blog: a quantidade de posts é tão grande que eu perdi o fio à meada. e não há planos para gravar até porque não faço ideia como posso fazer o backup de um blog]. mas andei a pesquisar por "Joshua Reynolds" e "obelogue" e não obtive resultados compatíveis com o que segue abaixo, pelo que vou arriscar.
antes e depois ou como "ó" que parece deu a preguiça ao John Singleton e ele não esteve com meias medidas: como para quem era bacalhau bastava, tomou o modelo de uma pintura de Joshua Reynolds, mudou-lhe a cabeça e apresentou a este membro da realeza - provavelmente quem encomendou o quadro - um photoshop século XVIII. é que nem se deu ao trabalho de pintar outro cãozinho; mudou a cor do casaco e seguiu para bingo. e eu vou ali fazer uma coisa e volto já.
Joshua Reynolds
Caroline, Duchess of Marlborough
1758-1762
Goodwood House
Caroline, Duchess of Marlborough
1758-1762
Goodwood House
John Singleton
Portrait of Mrs Bowers
1763
Metropolitan Museum, Nova Iorque
2 Comments:
Estava eu a afiar o meu lápis para estudar um Rubens e veio a Beluga inquietar-me com este post.
A geometria da rosa é a espiral , ou seja, as pétalas duma rosa organizam-se segundo uma espiral que parte do centro e vai desenrolando para o exterior. Isto é quase uma evidência para quem alguma vez tenha estudado uma rosa.
A espiral é uma curva muito dinâmica porque parece não ter principio nem fim. É um bom símbolo para a constante transformação do mundo, do eterno devir, como já diziam os primeiros filósofos gregos. O símbolo do tao é também baseado na espiral e é um permanente interpenetrar do Yin e do Yang, dos contrários.
Parte da graça da pose de Lady Caroline está no facto de ter a espiral como geometria. Começa na mão esquerda, "classicamente" apoiada sobre a espiral rigorosamente desenhada no topo do braço do canapé e remata no movimento circular da cabeça, que roda sobre um eixo ligeiramente oblíquo, alinhado exactamente para o braço do canapé, onde começou a espiral.
O braço direito por seu lado, permanece algo rígido, preso que está sob a pata do cão e "fixado" ao eixo vertical da pintura. Yin e Yang, luz e sombra, portanto.
Mas o que me mais me entusiasmou e me fez compartilhar este comentário foi a rosa no decote de Lady Caroline; estranhamente decaída, apontando para baixo, como que morrendo para entrar novamente na espiral do eterno devir.
Hummm....Interessante este Reynolds. Tantos recursos...Deve ter lido Heráclito de Éfeso, "O obscuro".
Ah... eu estava a pensar noutra coisa.
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