quarta-feira, maio 09, 2018

- original soundtrack -


o que gosto nesta música - que, no que diz respeito à letra, é fraca - são estes versos: "Todo o dia de manhã/Enquanto eu tomo o meu café amargo". Porquê? Porque quem a interpreta faz uma pequena, uma impercetível pausa entre "café" e "amargo" e uma pessoa pode assim interpretar estes versos de duas formas. Por um lado, ela toma o café amargo e pensa nele; por outro, enquanto toma o café e pensa nele, amarga.

(...)
Todo dia de manhã
Enquanto eu tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado

Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil


Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver

Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
(...)


(Não é fácil, Marisa Monte, interpretação de Silva)


Para que ninguém amargue (é de sementes de papoila. e deve ter chia, linhaça e girassol):
Adolf Fényes
Poppy-seed Cake
1910
Magyar Nemzeti Galéria, Budapest