sábado, agosto 23, 2014

- o carteiro -

já tínhamos estado a ver aqui no blog alguns cartazes do Saul Bass. Sabíamos que ele fez o cartaz para o filme "Destruir depois de ler" e para alguns filmes de Hitchcock, mas também para a At&t e para a organização Girl Scouts of USA. Mas o que nem toda a gente sabia é que ele propôs a Kubrick cartazes para "The Shining" e que Kubrick foi muito exigente, chegando a escrever nos cartazes o que achava que devia ser mudado. A versão final foi esta





















mas para chegar até aqui Bass passou por vários estudos como estes, com anotações de Kubrick:





















("Hand and bike are too irrelevant. Title looks ... smalll. Looks like ink didn't take on the part that goes light")






















("Looks like science fiction film. Hard to read even at this size")






















("Image and figure places too much em phasis on maze. I don't think we should use de maze in ads.")






















("Maze too abstract and too much emphasis on maze"). Por acaso acho que este é o piorzinho.






















("Don't like art work. Hotel looks peculiar. Also art work too spread out, too sprawling. Not ... enough. I don't like the dots for the logo. It will not look good small. Even the size above is difficult to read.")


Saul Bass explica numa carta devidamente assinada e assinalada o porquê das suas escolhas escolhas estéticas. Bass é "perca" em inglês e por isso Bass coloca o seu rosto no corpo de uma perca: 























Antes de chegar à versão final, Bass fez cerca de 300 versões por ordem de Kubrick. Por falar em Kubrick, um ano depois da exposição ao realizador dedicada no LACMA, o grupo de São Francisco, Spoke Art, convidou artistas e designers para fazerem novas versões de cartazes dos filmes de Kubrick, com a mesma subtileza e economia de recursos que ele. Um exemplo é o cartaz para o filme "Lolita" de Kubrick, feito por Bartosz Kosowski: