- ars longa, vita brevis -

hipócrates

antes e depois ou "a Marlene e a Marilyn", ou "como o anjo azul foi tomado à letra", ou "como no Outono de 1958 Richard Avedon fotografou Marilyn Monroe numa série de retratos onde a loura posava a interpretar uma série de sex-symbols do passado, tais como Lillian Russell, Theda Bara, Clara Bow, Jean Harlow e Marlene Dietrich. Algumas das fotografias foram publicadas em exclusivo pela defunta revista Life. A introdução do artigo da Life foi escrita por Miller, marido de Marilyn e chamava-se My Wife, Marilyn. Por causa disto o dramaturgo foi muito criticado pelos seus pares, mas independentemente das palavras de Miller, a verdade é que Marilyn não podia ter sido mais versátil. Ora o trabalho de Avedon (que adoro), está agora aqui. Durante mais de 50 anos Richard Avedon manteve seguro o seu lugar na fotografia de moda graças à capacidade que teve, e visão também, quebrar a barreira que separava a fotografia séria da fotografia menos considerada. Começou na equipa da Harper's Bazaar, passou pela Vogue e por fim pela The New Yorker. Todos os do mundo da moda, do cinema e da música passaram pela lente de Avedon, não só por causa da sua capacidade estética de conferir glamour à imagem mesmo quando ela é desprovida de brilhos artificiais, mas também devido à dimensão humana que os retratos têm.

Nesta exposição são mostradas mais de 200 fotografias que vão desde os retratos mais básicos a preto e branco aos retratos mais sofisticados. Passa pelas suas fases em que trabalhava para revistas de moda, pelas fotografias de alimentos, pelas fotografias de viagens e pelas fotografias da sua autobiografia, terminando com uma imagem de Björk que foi captada 4 meses antes da morte súbita de Avedon":

Marlene Dietrich
Anjo Azul
1930


Richard Avedon
Marilyn Monroe interpreta Marlene Dietrich
1958