segunda-feira, julho 16, 2007

- o carteiro -


E as tendências para a estação são...


para além das skinny com saltos altos, os calções bem curtos e a pele tratada independentemente da coloração dada pelo sol, a tendência da estação são as exposições sobre arte sacra. Apesar das revistas nos fazerem sempre interessantes reportagens sobre a alimentação de Verão e as mulheres que praticam sexo com descopnhecidos (ver "Sábado" e "Visão" desta semana), quem não estiver para ler isso, que no fundo é uma repetição das matérias em igual período do ano transacto, pode sempre pegar em si com ou sem hot-pants, e experimentar as duas tendências nas exposições mundiais

Arte religiosa: Em Londres, a British Library exibe "Sacred" uma exposição de livros sagrados da religiões Cristã, Islâmica e Judia. Até 23 de Setembro. O British Museum abre ao público a exposição "Gods, Guardians and immortals: Chinese religious paintings". Até 5 de Agosto. Na Turquia, o Sakip Sabanci Müzesi apresenta "In Praise of God: Anatolian Rugs in Transylvanian Churches, 1500-1750.", uma exposição de tapetes otomanos trazidos para a Europa por mecadores venezianos que acabaram por decoram as paredes das igrejas da Transilvânia. Até 19 de Agosto. Em Hong Kong é o Hong Kong Heritage Museum que abre ao público até 9 de Setembro a exposição "Splendour and Mystery of Ancient Shu: Cultural Relics From Sanxingdui and Jinsha"; ou seja, uma exposição sobre as relíquias em jade, ouro, bronze e marfim em Sanxingdui. Em França, Lille, é o Palais des Beaux Arts que até 15 de Agosto tem patente a exposição “Philippe de Champaigne: Politique et Spiritualité". Philippe de Champaigne (arghhh!!!), trabalhou sob a influência da austeridade jansenista. Para contrariar tanta abstinência recomenda-se, num registo oposto, a exposição no Coliseu de Roma denominada "Eros: Il più Potente Degli Dei". É, tal como as anteriores, sobre uma entidade religiosa, mas desta vez o Deus do Amor, da representação própria do imaginário grego que o retratava como um adolescente, à representação renascentista sob forma de putti. Até 16 de Setembro.

A outra tendência deste Verão são os Impressionistas e Pós-Impressinistas. Já eram um dos alvos dos leilões deste ano, e agora voltam a ser escolhidos para levar famílias em férias aos magotes, aos museus de todo o mundo. Em Inglaterra, na Royal Academy pode ver-se a exposição "Impressionists by the Sea", até 30 de Setembro. Não podia ser uma exposição mais apropriada (embora Londres não possua praias), sobre a pintura impressionista que se debruçava sobre as cenas de veraneio e praia dos anos 60 a 80 do século XIX. Há pinturas de Boudin, Manet, Monet, Whistler e Jean-Charles Cazin. No Canadá, na National Gallery of Canada e até 7 de Setembro vai estar patente a exposição "Renoir Landscapes, 1865-1883”. Esta exposição celebra um “efeméride” pois há 10 anos a mesma galeria exibiu uma exposição sobre os Impressionistas franceses. Em Marselha, no Museu Cantini são apresentados desenhos de Bonnard numa exibição apelidada de "Dessins de Pierre Bonnard: Une Collection Privée”, curioso, uma vez que o lado de Bonnard que melhor conhecemos é o de Bonnard pintor. Podemos ver então nus, cenas da vida quotidiana, retratos e naturezas-mortas. Até 5 de Setembro. Também em França, mas no Musee D’Orsay está patente até 16 de Setembro a exposição "De Cézanne à Picasso: Chefs d'Oeuvre de la Galerie Vollard”. Estão lá todos os Impressionistas que passaram pela mão de Ambroise Vollard. Na Alte National Galerie , na Alemanha, podemos visitar a "Frankreich in der Alten Nationalgalerie: Französische Kunst und Deutscher Impressionismus in der Sammlung der Nationalgalerie" até 7 de Outubro. Trata-se de uma exposição sobre o Impressionismo alemão. Salvaguarde-se a ideia que este não é propriamente igual ao Impressionismo francês ou inglês. Em Florença, e até 29 de Julho pode ser vista a exposição "Cézanne a Firenze: Due Collezionisti e la Mostra del Impressionismo nel 1910”. Refere-se a um conjunto de pinturas que pertenceram a dois coleccionadores exilados em Florença. Há Cézanne, Pissarro, Van Gogh, Matisse, sargent, e Mary Cassat. É no Palazzo Strozzi . Há Impressionismo em Kyoto, no Kyoto Municipal Museum até 14 de Setembro. A exposição "Masterpieces From the Philadelphia Museum of Art: Impressionism and Modern Art”, mostra 62 pinturas de Matisse, Monte, Manet, Cézanne e Wyeth. No Seoul Museum of Art apresenta-se a exposição "Monet: From Instant to Eternity” que enfoca os Water Lilies de Monet. Até 26 de Setembro. No Thyssen- Bornemisza e até 16 de Setembro, a muito divulgada exposição "Van Gogh: Los Últimos Paisajes” que retrata em pinturas o período compreendido entre a saída do hospício e o suicídio de Van Gogh. Na América há duas exposições sobre Impressionismo: a da National Gallery of Art , até 5 de Agosto e que tem como título "Eugène Boudin at the National Gallery of Art". Foi este o artista que mostrou a pintura de plein aire a Monet. Por fim, a exposição "American Impressionism" apresenta-se no The Phillips Collection até 5 de Agosto com os artistas americanos Childe Hassam, Maurice Prendergast, Theodore Robinson, Robert Spencer, Augustus John Henry Twachtman, e Julian Alden Weir.

Depois de tanta tendência, é natural que digam que este blog é fútil.