- não vai mais vinho para essa mesa -
Neurónio 34 - Já a trabalhar?
- Tem de ser.
Neurónio 34 - Tem mesmo ou estamos a escamotear alguma coisa?
- Escamotear parece-me demais.
Neurónio 34 - Mas não estás aqui só por causa do trabalho, pois não?
- Também.
Neurónio 34 - Não tens medo? Não está aqui ninguém, está tudo silencioso, não se ouve um respiro.
- Assim é que eu gosto.
Neurónio 34 - Sabes, um dia isso ainda te vai fazer mal.
- Também acho. Às vezes penso que tanto silêncio e qualquer dia vou querer abrir a boca para falar e não vou ser capaz.
Neurónio 34 - Então porque é que não esperas que venha mais gente.
- Porque quero manter a cabeça ocupada. Quero manter-vos ocupados.
Neurónio 34 - Nós estamos ocupados em estar preocupados contigo.
- Então porquê? Eu cá me arranjo, tenho os meus meios…
Neurónio 34 - Mas o que é que se passa?
- Je ne sais pas. Ou melhor, sei, mas nem sequer é uma algo suficientemente consistente, racional, para vos ser explicado.
Neurónio 34 - Achas que não temos capacidade para perceber?
- Não sei. Às vezes acho que vocês são muito melhor do que a avaliação que faço do nosso desempenho juntos e outras…
Neurónio 34 - E outras achas que quê?
- Bem, eu sei que ninguém é sempre bom, que não há pessoas brilhantes, que na maior parte das vezes, até nos blogs, ninguém tem sempre um conhecimento tão abrangente e tão incisivo quanto quer fazer crer. Quantos blogs não são citação ou referências às referências dos amigos, quantos blogs não são a procura constante do Edit Me que a meu ver é um exercício narcísico. Tenho a certeza que muitas vezes essas pessoas não têm opinião sobre determinados assuntos.
Neurónio 34 - Então…
- É uma insatisfação permanente. Não é sazonal, não me venham com histórias de queda de cabelo e fases da lua. É permanente.
Neurónio 34 - E o que é que a gente pode fazer para ajudar.
- Continuem aí. É que o problema não é vosso. Há um hiato entre aquilo que vocês são e aquilo que eu sou capaz de fazer convosco.
Neurónio 34 - Já sabes que connosco estás à vontade.
- Obrigado, mas isso não serve de consolo a ninguém.
Neurónio 34 - Não és bem do tipo que procura consolo.
- Tem de ser.
Neurónio 34 - Tem mesmo ou estamos a escamotear alguma coisa?
- Escamotear parece-me demais.
Neurónio 34 - Mas não estás aqui só por causa do trabalho, pois não?
- Também.
Neurónio 34 - Não tens medo? Não está aqui ninguém, está tudo silencioso, não se ouve um respiro.
- Assim é que eu gosto.
Neurónio 34 - Sabes, um dia isso ainda te vai fazer mal.
- Também acho. Às vezes penso que tanto silêncio e qualquer dia vou querer abrir a boca para falar e não vou ser capaz.
Neurónio 34 - Então porque é que não esperas que venha mais gente.
- Porque quero manter a cabeça ocupada. Quero manter-vos ocupados.
Neurónio 34 - Nós estamos ocupados em estar preocupados contigo.
- Então porquê? Eu cá me arranjo, tenho os meus meios…
Neurónio 34 - Mas o que é que se passa?
- Je ne sais pas. Ou melhor, sei, mas nem sequer é uma algo suficientemente consistente, racional, para vos ser explicado.
Neurónio 34 - Achas que não temos capacidade para perceber?
- Não sei. Às vezes acho que vocês são muito melhor do que a avaliação que faço do nosso desempenho juntos e outras…
Neurónio 34 - E outras achas que quê?
- Bem, eu sei que ninguém é sempre bom, que não há pessoas brilhantes, que na maior parte das vezes, até nos blogs, ninguém tem sempre um conhecimento tão abrangente e tão incisivo quanto quer fazer crer. Quantos blogs não são citação ou referências às referências dos amigos, quantos blogs não são a procura constante do Edit Me que a meu ver é um exercício narcísico. Tenho a certeza que muitas vezes essas pessoas não têm opinião sobre determinados assuntos.
Neurónio 34 - Então…
- É uma insatisfação permanente. Não é sazonal, não me venham com histórias de queda de cabelo e fases da lua. É permanente.
Neurónio 34 - E o que é que a gente pode fazer para ajudar.
- Continuem aí. É que o problema não é vosso. Há um hiato entre aquilo que vocês são e aquilo que eu sou capaz de fazer convosco.
Neurónio 34 - Já sabes que connosco estás à vontade.
- Obrigado, mas isso não serve de consolo a ninguém.
Neurónio 34 - Não és bem do tipo que procura consolo.
- Pois não. Sou mais do tipo que não faz a mínima ideia do que tem de fazer para não se sentir assim.
1 Comments:
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