quarta-feira, maio 10, 2006

- não vai mais vinho para essa mesa -

[4:11h]
De pé; sem ponta de sono a pensar: “então o dia nunca mais começa”? Dá uma volta pelo quarto, vai à cozinha, olha pela janela, vê as luzes do Centro de Saúde (“Ainda não há filas”), fica ali um bocado a ouvir os sons do escuro – gatos com o cio, uma cama vizinha a ranger, um carro a uma velocidade muito superior à permitida, certamente. E embora fosse cedo para essas pieguices, não consegui deixar de imaginar que não valia a pena imaginar, dar nomes ao que não compreendia, tentar perceber. É que as pessoas podem ser tantas coisas, eu sei lá bem o que se passa na vida e na cabeça dos outros. Muito menos às 4:11h.
[8:17h]
O pior de viver com alguém com quem se partilha intimidades é pegar na escova de dentes do outro por engano. Não há pior maneira de começar o dia, hug!!!

[19:54h]
- Tu precisas de mais.
- Achas?
- Acho. Há pessoas que precisam de estabilidade familiar, há pessoas que precisam de estar sempre apaixonadas, há pessoas que precisam de dinheiro, há quem se sinta bem só a comprar… Tu precisas de mais.
- Pois, mas não tenho mais.
- Ok. Olha, posso procurar na net e enviar-te por mail.
- Agradecida.